Anderson de Rezende Rocha é primeiro pesquisador formado e atuando em universidade na América Latina a ser contemplado com o auxílio à pesquisa da Microsoft Research (MSR/arq.pessoal)

Microsoft Research Faculty Fellow Award é concedido a professor da Unicamp
28 de julho de 2011

Anderson de Rezende Rocha é primeiro pesquisador formado e atuando em universidade na América Latina a ser contemplado com o auxílio

Microsoft Research Faculty Fellow Award é concedido a professor da Unicamp

Anderson de Rezende Rocha é primeiro pesquisador formado e atuando em universidade na América Latina a ser contemplado com o auxílio

28 de julho de 2011

Anderson de Rezende Rocha é primeiro pesquisador formado e atuando em universidade na América Latina a ser contemplado com o auxílio à pesquisa da Microsoft Research (MSR/arq.pessoal)

 

Agência FAPESP * – Anderson de Rezende Rocha, professor do Instituto de Computação (IC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é o primeiro pesquisador formado e atuando em universidade da América Latina contemplado com o Microsoft Research Faculty Fellow Award.

Rocha tem mestrado, doutorado e pós-doutorado pelo IC, todos com apoio de Bolsa da FAPESP. Atualmente, conduz o projeto de pesquisa “Computação forense e criminalística de documentos: coleta, organização, classificação e análise de evidências”, apoiado pela FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

O Microsoft Research Faculty Fellow Award é um reconhecimento a jovens professores e pesquisadores que têm avançado a pesquisa em computação. O objetivo do programa é estimular e criar condições necessárias para que esses cientistas viabilizem esses resultados significativos em suas áreas de atuação.

“Ser selecionado dentre tantos excelentes candidatos é gratificante. Significa que minha pesquisa está sendo reconhecida como tendo potencial impacto para ajudar as pessoas de alguma forma. O prêmio é uma motivação extra para continuar procurando soluções inovadoras para problemas relacionados à computação forense e à investigação de evidências digitais para ajudar as autoridades no Brasil e no mundo em sua luta diária contra o crime organizado”, disse.

A cada ano, desde 2005, a Microsoft Research escolhe oito jovens professores a partir de uma lista de indicados por instituições de pesquisa em ciência da computação de todo o mundo.

“Os indicados passam por um rigoroso processo de seleção, sendo avaliados por um painel de aproximadamente 100 revisores que consideram suas contribuições científicas e currículos. O processo se refina até que os finalistas são convidados a fazer uma apresentação e passam pela arguição de uma banca de cinco pesquisadores renomados selecionados pela Microsoft Research. Da arguição saem os oito premiados”, explicou Rocha.

Além de representar um título de reconhecimento acadêmico, o Microsoft Research Faculty Fellow assegura a quantia total de US$ 1,4 milhão a ser dividida entre os agraciados e que deve ser aplicada exclusivamente em suas pesquisas nas instituições de origem.

Adicionalmente, cada fellow passa a ter acesso a recursos da Microsoft, tais como software, convites para participar em conferências e colaboração direta com os pesquisadores da Microsoft Research em Redmond e em outros centros no mundo.

Segundo Rocha, os recursos da premiação ajudarão no financiamento de pesquisas sobre análise forense de documentos digitais no laboratório Reasoning for Complex Data (Recod), no IC da Unicamp, onde trabalha juntamente com os professores Jacques Wainer, Siome Klein Goldenstein e Ricardo da Silva Torres.

As áreas de concentração e pesquisa de Anderson Rocha são visão computacional, aprendizado de máquina e computação forense digital. “Atuo principalmente na pesquisa e desenvolvimento de novos métodos de visão computacional e aprendizado de máquina que auxiliem na solução de problemas relacionados à computação forense digital. Documentos digitais (como imagens e vídeos) são cada vez mais comuns e a forma como as pessoas lidam com tais documentos pode levantar diversas questões legais e éticas que precisam ser tratadas”, disse.

Como exemplo, o professor da Unicamp cita uma foto digital que serviria como prova concreta e incontestável de um crime, mas que poderia ter sido alterada digitalmente.

“Antes de qualquer ação policial, precisamos ser capazes de analisar tal documento. Para isso, precisamos das melhores soluções possíveis para lidar com os desafios apresentados por usos maliciosos de ferramentas de processamento como o Adobe Photoshop. Minha pesquisa busca soluções para problemas relacionados à computação forense digital, contemplando as etapas de aquisição, organização, classificação e análise de evidências digitais”, disse.

* Com informações da Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unicamp
 

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