Sociedade Norte-Americana de Microbiologia enviará representantes para discutir articulação com instituições brasileiras e latino-americanas. Um dos focos é elaborar normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos

Microbiologia em rede
26 de setembro de 2007

Sociedade Norte-Americana de Microbiologia enviará representantes para discutir articulação com instituições brasileiras e latino-americanas. Um dos focos é elaborar normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos

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Sociedade Norte-Americana de Microbiologia enviará representantes para discutir articulação com instituições brasileiras e latino-americanas. Um dos focos é elaborar normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos

26 de setembro de 2007

Sociedade Norte-Americana de Microbiologia enviará representantes para discutir articulação com instituições brasileiras e latino-americanas. Um dos focos é elaborar normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos

 

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – A colaboração da Sociedade Norte-Americana de Microbiologia (ASM) com entidades brasileiras da área poderá ser decisiva para que a pesquisa feita no Brasil contribua para a elaboração de normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos.

De acordo com Irma Rivera, professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) e embaixadora da ASM no Brasil, os principais representantes da entidade virão a Brasília e São Paulo em outubro para discutir a articulação de uma rede no setor.

"Dos 42 mil membros da ASM, mais de um terço é de fora dos Estados Unidos. Vemos esta aproximação como uma oportunidade para que o ICB, a Sociedade Brasileira de Microbiologia e outras instituições se articulem com entidades latino-americanas da área", disse Irma à Agência FAPESP.

Segundo a professora, que também é uma das coordenadoras da área de Microbiologia Ambiental da Sociedade Brasileira de Microbiologia, os países latino-americanos têm grande necessidade de organizar e padronizar pesquisas em análise de riscos microbiológicos.

"As normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos vêm sendo elaboradas conforme as análises de risco feitas em países desenvolvidos, deixando de fora a pesquisa latino-americana. Precisamos reforçar a integração de pesquisadores da região e a ASM pode ser um bom mediador para isso", disse.

Segundo ela, os modelos utilizados para elaboração das normas na Organização Mundial de Saúde (OMS) e na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) são feitos a partir de dados obtidos principalmente na Europa, nos Estados Unidos e Japão.

"Temos que canalizar melhor nossa pesquisa, porque a América Latina tem uma microbiota rica e diferenciada, que se comporta de maneira muito diferente em relação à dos climas temperados. É fundamental organizar e padronizar nossa pesquisa", afirmou.


Parcerias e bolsas

O gerente de negócios internacionais da ASM, Todd Peterson, participará do Congresso Brasileiro de Microbiologia, que será realizado em Brasília entre 3 e 6 de outubro. No dia 8, ele estará no ICB, em São Paulo, às 11h, para uma palestra sobre as atividades da ASM.

"Além da palestra, a visita terá o objetivo prático de discutir possíveis parcerias que poderão ser estabelecidas a partir desse contato", disse Irma.

A professora do ICB-USP explica que dois programas de bolsas da ASM já estão em ação no Brasil. Um deles é voltado para jovens cientistas da América Latina e do Caribe, com bolsas de US$ 4 mil para estudantes visitarem uma universidade norte-americana por um período de seis semanas a seis meses. Outra bolsa no mesmo valor é voltada para pesquisadores norte-americanos que venham ministrar cursos de pós-graduação na América Latina

"Além disso, a ASM tem uma campanha voltada para formação de recursos humanos em países em desenvolvimento, principalmente na África. Participamos dessa campanha como intermediários para países de língua portuguesa, encaminhando especialistas para atuarem como assessores", disse Irma.


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