Wilfrido Urueta Rico, do Conacyt (foto: Eduardo Geraque)
Depois da reforma estrutural no sistema nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em 2002, governo mexicano pretende aumentar o investimento em C&T dos cerca de 0,4% atuais para 1% do PIB em 2006. Para 2025, a meta é ainda mais ambiciosa: o país quer ultrapassar os 2%
Depois da reforma estrutural no sistema nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em 2002, governo mexicano pretende aumentar o investimento em C&T dos cerca de 0,4% atuais para 1% do PIB em 2006. Para 2025, a meta é ainda mais ambiciosa: o país quer ultrapassar os 2%
Wilfrido Urueta Rico, do Conacyt (foto: Eduardo Geraque)
Agência FAPESP - Os fundos setoriais e mistos são uma realidade no México desde 2002. Também o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Conacyt) do país, que tem poderes de ministério, passou por uma profunda reformulação estrutural.
"Agora respondemos diretamente à presidência da República", disse Wilfrido Urueta Rico, do Conacyt, à Agência FAPESP. O mexicano esteve esta semana em São Paulo participando do workshop sobre "Percepção Pública da Ciência", realizado na sede da FAPESP.
Os fundos setoriais no México foram organizados para atender 11 áreas do conhecimento. Mas não estão descartadas novas ferramentas setoriais para o futuro. Segundo Rico, o orçamento para 2003 do Conacyt foi de R$ 1,75 bilhão. Isso representa, aproximadamente, 0,4% do produto interno bruto (PIB) do país. O objetivo do órgão é conseguir um investimento de 1% do PIB em C&T em 2006 e de mais de 2% em 2025.
"A principal conseqüência da reformulação foi concentrar todas as decisões no Conacyt e evitar duplicidades que estavam ocorrendo em termos de financiamento", disse. Conforme atesta o Informe General del Estado de la Ciencia y la Tecnología", publicado pelo conselho em junho, os fundos setoriais usam, em média, 36% do orçamento do órgão do governo mexicano. O investimento em bolsas representa cerca de 34%.
"O grande problema no México continua sendo aumentar as verbas para a ciência e tecnologia", disse Rico. Para atrair o investimento privado, a forma adotada pelos mexicanos foi a do incentivo fiscal, que tem apresentado resultados significativos. Enquanto 192 empresas solicitaram algum tipo de incentivo em 2001, no ano passado o número saltou para 242.
A comparação de indicadores sobre patentes mostra que o Brasil e o México estão imersos em desafios comuns. Enquanto o México registrou 81 patentes nos Estados Unidos em 2001, o Brasil, no mesmo período, obteve 110 registros.
Em compensação, a taxa de difusão – número de solicitações de patentes no exterior dividido pelo número de processos em andamento dentro do país – é bem maior no México. De acordo com os últimos dados disponíveis para os dois países, de 1999, o Brasil teve uma taxa de difusão de 3,5 e o México, de 7,2.
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