Earth Impact Database acaba de incluir em sua lista de 170 registros a cratera de Vista Alegre, em Santa Catarina (foto: Landsat)

Meteorito formou cratera brasileira
12 de novembro de 2004

Earth Impact Database acaba de incluir em sua lista de 170 registros a cratera de Vista Alegre, no Paraná, a quinta do país a entrar no banco de dados internacional

Meteorito formou cratera brasileira

Earth Impact Database acaba de incluir em sua lista de 170 registros a cratera de Vista Alegre, no Paraná, a quinta do país a entrar no banco de dados internacional

12 de novembro de 2004

Earth Impact Database acaba de incluir em sua lista de 170 registros a cratera de Vista Alegre, em Santa Catarina (foto: Landsat)

 

Agência FAPESP - Apresentada oficialmente em agosto, na reunião da sociedade Meteorítica Internacional, no Rio de Janeiro, a cratera de Vista Alegre, descoberta no interior do Paraná, acaba de receber chancela definitiva da comunidade científica internacional. Esta semana ela entrou nos registros do Earth Impact Database.

"Isso significa que a cratera foi aceita como tendo sido efetivamente formada pelo impacto de um meteorito", disse Alvaro Crósta, professor do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e descobridor da Vista Alegre junto com outros colaboradores, à Agência FAPESP. Segundo Crosta, a inclusão na base de dados é decidida por um comitê científico que analisa as evidências de impacto encontrados em cada cratera estudada.

O Earth Impact Database é considerado pelos geólogos a mais importante fonte de informações sobre crateras de impacto. Foi criado em 1985 pelo Serviço Geológico Canadense e atualmente é mantido pelo Centro de Ciências Planetárias e do Espaço da Universidade de New Brunswick, no Canadá.

Com a entrada na lista da cratera paranaense, que tem 9,5 quilômetros de dimensão – uma das menores encontradas até agora em território nacional – o Brasil passa a ter cinco registros no importante banco de dados internacional.

A maior é a do Domo do Araguainha, com 40 quilômetros de diâmetro e localizada entre Mato Grosso e Goiás. As outras são a do Riachão (MA), com 4,5 quilômetros de diâmetro, a Domo do Vargeão (SC) e a da Serra da Cangalha (TO), as duas últimas com 12 quilômetros. Segundo Crósta, devem existir muitas outras crateras escondidas pelo Brasil e por toda a América do Sul.


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