Cientistas identificam emissões de grande quantidade do gás no planeta, sugerindo atividade geológica ou até mesmo processos biológicos (foto: Mars Express)
Cientistas identificam emissões de grande quantidade do gás no planeta, sugerindo atividade geológica ou até mesmo processos biológicos
Cientistas identificam emissões de grande quantidade do gás no planeta, sugerindo atividade geológica ou até mesmo processos biológicos
Cientistas identificam emissões de grande quantidade do gás no planeta, sugerindo atividade geológica ou até mesmo processos biológicos (foto: Mars Express)
Agência FAPESP – Um grupo de cientistas identificou emissões de metano em localizações específicas em Marte. É a primeira detecção comprovada do gás no planeta. Sua presença implica a existência de atividade geológica e possivelmente até mesmo de processos biológicos, uma vez que na Terra cerca de 90% do metano é produzido por organismos.
Em estudo publicado na edição de 16 de janeiro da revista Science, os pesquisadores do Centro de Vôo Espacial Goddard, da Nasa, a agência espacial norte-americana, e de outros centros de pesquisa no país, descrevem que a quantidade de metano é comparável com a encontrada em alguns locais na Terra.
Os cientistas usaram espectrômetros de infravermelho de alta dispersão em três diferentes telescópios para monitorar cerca de 90% da superfície do planeta durante três anos marcianos (o equivalente a sete anos terrestres). Os dados foram comparados com outros enviados pela sonda Mars Express.
As emissões de metano observadas são de 2003 e, segundo os autores do estudo, implicam que o gás foi liberado de regiões distintas no planeta. Em um momento durante o período analisado, a “pluma” primária identificada continha estimados 19 mil toneladas métricas de gás, o que é comparável com a quantidade de metano liberada por uma bacia petrolífera na Califórnia.
Segundo os autores da pesquisa, mais estudos serão necessários para determinar a origem do metano marciano.
O artigo Strong release of methane on Mars in northern summer 2003, de Michael Mumma e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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