Plano para o combate a espécies aquáticas invasoras é finalizado em Brasília por representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai(foto: Ibama)
Plano para o combate a espécies aquáticas invasoras é finalizado em Brasília por representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Espécies como o mexilhão dourado, transportados entre países pelos tanques de navios, já causam impacto ambiental em várias regiões
Plano para o combate a espécies aquáticas invasoras é finalizado em Brasília por representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Espécies como o mexilhão dourado, transportados entre países pelos tanques de navios, já causam impacto ambiental em várias regiões
Plano para o combate a espécies aquáticas invasoras é finalizado em Brasília por representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai(foto: Ibama)
A partir de Buenos Aires, foi fácil para o mexilhão invadir o Brasil. Mais uma vez, eles embarcaram em algum navio, chegando a Porto Alegre. Uma outra rápida migração também teria ocorrido rio Paraná e rio Paraguai acima. Hoje, por exemplo, grandes quantidades do invertebrado são encontradas em Corumbá e Cuiabá.
O problema não é só brasileiro e é tão grande que dirigentes de organizações governamentais ligadas ao meio ambiente se reuniram essa semana, em Brasília, para fechar um plano estratégico de ação regional para o controle de gestão de água de lastro e espécies aquáticas invasoras. Representantes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai assinaram um documento que agora deverá ser aprovado formalmente em outra reunião, em junho, em Buenos Aires.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) declarou o mexilhão dourado como um inimigo nacional. Em 20 de abril, a própria ministra Marina Silva lançou uma campanha de combate ao molusco. Além da adoção de medidas emergenciais para combater o problema, a intenção do ministério é fazer um trabalho de informação para esclarecer a sociedade.
Segundo o MMA, em alguns locais do Brasil já foram encontrados mais de 40 mil mexilhões por metro quadrado. Essas espécies invasoras chegam a entrar em tubulações das companhias de abastecimento de água potável. Além do risco para a saúde humana, o eventual entupimento aumenta os custos de operação das empresas.
O foco de ação da primeira fase da campanha emergencial do ministério será nas regiões das represas de Porto Primavera, Jupiá e Ilha Solteira, que ficam na divisa dos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. O delta do Jacuí, em Porto Alegre, também foi considerado como área prioritária nesse início de trabalho.
No âmbito do Mercosul, o plano de ação será executado por um grupo com representantes de vários países. O objetivo principal é desenvolver medidas em conjunto que possam reduzir as transferências de organismos aquáticos nocivos e patogênicos. Pesquisa científicas também atestam que algumas epidemias de cólera registradas na América do Sul dos anos 90 foram causadas por microrganismos transportados pela água de lastro.
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