Menos doutores nos EUA

Pesquisa realizada pela Universidade de Chicago, a pedido da NSF, mostra que o número de doutorados outorgados nas universidades norte-americanas continua caindo. Pior: pela primeira vez desde 1993 o total anual ficou abaixo dos 40 mil

Agência FAPESP - A tendência de queda se acentua. Por mais um ano seguido o número de títulos de doutorado registrado pelas 413 universidades dos Estados Unidos e de Porto Rico caiu. Em 2002, segundo censo anual feito pela Universidade de Chicago, divulgada no dia 4, formaram-se 39.955 doutores. Foi a primeira vez em nove anos que o número ficou abaixo dos 40 mil.

Em 2001, o número de novos doutores já havia caído abaixo dos 41 mil, o que não ocorria desde 1996. Uma análise qualitativa dos números, segundo os responsáveis pelo estudo encomendado pela National Science Foundation (NSF), a agência de fomento à pesquisa do governo norte-americano, indica que a queda no número de doutores está ocorrendo exatamente pela procura menor nas áreas que chamaram de "ciências e engenharias", que incluem as ciências biológicas, sociais e exatas. Nas ciências da saúde e médicas, ou em áreas como comunicação, história, educação, marketing e economia, a queda não foi verificada.

Nas áreas de ciências e engenharias, o estudo revela que 24,5 mil novos doutores se formaram em 2002, número que não era tão baixo desde 1993. A queda em relação ao censo anterior, feita com dados de 2001, não chegou a ser tão expressiva, ficando em apenas 2%. Mas o que chama a atenção é que a queda tem sido consistente nos últimos cinco anos.

Em 1998, de acordo com a pesquisa, ocorreu o último pico na formação de doutores em ciências e engenharias: 27,3 mil. Entre 1998 e 2002 a queda foi de 10%. Na soma das demais áreas, a média de títulos de doutorado outorgados nos últimos cinco anos se manteve em pouco mais de 15 mil registros anuais.

A pesquisa na íntegra, com todas as tabelas e gráficos está disponível no endereço http://www.norc.uchicago.edu/issues/docdata.htm..