Livro faz resgate histórico dos 30 anos da Unesp por meio de depoimentos de diretores e ex-reitores, apresenta o perfil da universidade e mostra os diferentes projetos e desafios que a destacam (foto: divulgação)
Livro faz resgate histórico dos 30 anos da Unesp por meio de depoimentos de diretores e ex-reitores, apresenta o perfil da universidade e mostra os diferentes projetos e desafios que a destacam
Livro faz resgate histórico dos 30 anos da Unesp por meio de depoimentos de diretores e ex-reitores, apresenta o perfil da universidade e mostra os diferentes projetos e desafios que a destacam
Livro faz resgate histórico dos 30 anos da Unesp por meio de depoimentos de diretores e ex-reitores, apresenta o perfil da universidade e mostra os diferentes projetos e desafios que a destacam (foto: divulgação)
Agência FAPESP - A Universidade Estadual Paulista (Unesp) está prestes a completar 31 anos em janeiro, mas as comemorações de seus 30 anos de existência continuam em pleno curso. A mais recente foi o lançamento, na terça-feira (28/11), do livro Unesp 30 anos: Memória e Perspectivas.
A obra, lançada pelo Centro de Documentação e Memória (Cedem) e pela Editora Unesp, está dividida em quatro partes. A primeira aborda as raízes históricas da universidade e o processo de incorporação dos então chamados Institutos Isolados de Ensino Superior do Estado de São Paulo. Detalhes sobre a criação, nos anos 50 e 60, dessas unidades em pontos distintos do interior paulista e que abrangiam diferentes áreas do conhecimento são mostrados nessa parte.
"A criação desses institutos isolados ocorreu de maneira desordenada, sem que houvesse um planejamento efetivo", disse a organizadora do livro e coordenadora do Cedem, Anna Maria Martinez Corrêa, à Agência FAPESP. "Em 1976, as 14 unidades se uniram para a criação de uma única universidade estadual."
A obra reúne depoimentos do reitor interino Moacyr Expedito Vaz Guimarães e dos ex-reitores Luiz Ferreira Martins, Manuel Nunes Dias, Jorge Nagle, Paulo Milton Barbosa Landim, Artur Roquete de Macedo, Antonio Manoel dos Santos Silva e José Carlos Trindade, além do atual, Marcos Macari.
A proposta foi reunir depoimentos atuais sobre o passado, de modo a fazer com que cada reitor descrevesse tanto os acontecimentos mais importantes de sua gestão quanto a visão que tem hoje da Unesp, após a passagem pela administração da instituição.
"Como sempre, houve dificuldade para reunir documentação escrita de tempos mais remotos. Por conta disso, decidimos dedicar boa parte do livro à história oral. Considerando que a memória humana é extremamente seletiva, fazer um registro impresso desses depoimentos se torna algo fundamental. As questões são levantadas justamente para puxar o fio da memória de toda a comunidade acadêmica", disse Anna. "O livro é importante para que a Unesp saiba quem ela é, foi e pretende ser."
A terceira parte do livro traz artigos dos diretores Luis Antônio Vane (Fundação para o Desenvolvimento da Unesp), Benedito Antunes (Fundação para o Vestibular da Unesp) e José Castilho Marques Neto (Fundação Editora da Unesp), que explicam como se deu a formação desses órgãos e seus níveis de atuação perante a universidade.
A última parte traz um perfil atual das faculdades e institutos da universidade, hoje presente em 23 cidades do interior paulista, abrigando mais de 32 mil alunos de graduação e 9,6 mil de pós-graduação. A organização da obra também contou com a participação de Jorge Roberto Pimentel, assessor da vice-reitoria, e de Márcia Tosta Dias, pesquisadora do Cedem.
Expansão com qualidade
Em seu depoimento, o atual reitor da Unesp, Marcos Macari, descreve impressões atuais sobre a universidade e expectativas futuras. "O foco primordial da atual gestão é avançar na qualidade acadêmica institucional. Essa linha de trabalho envolve principalmente o aprimoramento dos cursos de graduação e a renovação do quadro docente de todos os campi", disse à Agência FAPESP.
Atualmente com 23 campi, a expansão da universidade continua a ser discutida. Segundo Macari, a universidade é freqüentemente procurada por prefeitos do interior paulista para a abertura de novas unidades.
"Como isso já faz parte de nossa rotina, seria importante que a Unesp tivesse condições orçamentárias para atender à demanda dessas prefeituras, o que infelizmente ainda não é o caso. Enquanto não for possível expandir nossas fronteiras, temos que melhorar o que já existe. Espero que, em um futuro próximo, possamos criar novos campi e aumentar a porcentagem dos jovens na universidade pública gratuita", afirma o também vice-presidente do Conselho Superior da FAPESP.
Macari destaca no livro os depoimentos de ex-reitores, na medida em que mostram os desafios de cada gestão e detalhes do processo de condução dos 30 anos da instituição, o que pode servir de exemplo para as futuras gestões.
"A partir de testemunhos sinceros, temos a oportunidade de conhecer as pretensões, iniciativas e dificuldades em conduzir uma universidade multicampi. Mesmo sendo jovem, a Unesp tem uma ampla historiografia a ser resgatada. Trata-se de uma universidade com forte característica interiorana, em que o desenvolvimento da pesquisa regional é um dos papéis fundamentais", disse Macari.
Mais informações sobre o livro Unesp 30 anos: Memória e Perspectivas: feu@editora.unesp.br ou anamaria@cedem.unesp.br.
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