Estudo de Sidarta Ribeito, da Universidade de Duke, nos EUA, mostra a importância de uma boa noite de sono para o funcionamento do cérebro
(foto: E.Geraque)

Memórias consolidadas
03 de março de 2004

Estudo realizado com ratos, apresentado por Sidarta Ribeiro, da Universidade de Duke, durante o Simpósio Internacional de Neurociência, mostra a importância que uma boa noite de sono tem para o funcionamento do cérebro

Memórias consolidadas

Estudo realizado com ratos, apresentado por Sidarta Ribeiro, da Universidade de Duke, durante o Simpósio Internacional de Neurociência, mostra a importância que uma boa noite de sono tem para o funcionamento do cérebro

03 de março de 2004

Estudo de Sidarta Ribeito, da Universidade de Duke, nos EUA, mostra a importância de uma boa noite de sono para o funcionamento do cérebro
(foto: E.Geraque)

 

Por Eduardo Geraque e Marcos Pivetta, de Natal

Agência FAPESP - Dormir tem muitas utilidades para a saúde dos seres humanos. A partir das revelações feitas em estudo realizado na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, por uma equipe que conta com pesquisadores brasileiros, têm-se agora ainda mais motivos para a busca por um repouso tranqüilo.

Durante apresentação no Simpósio Internacional de Neurociência, em Natal, o brasileiro Sidarta Ribeiro, estudante de pós-doutorado da Universidade de Duke, relatou como as fases do sono estão envolvidas com os processos de consolidação da memória. "Basicamente, identificamos duas fases separadas na consolidação da memória durante o sono, mas que são complementares", disse à Agência FAPESP.

Nos períodos de sono profundo, que são mais longos durante uma noite de descanso, ocorre uma espécie de amplificação dos traços moleculares da memória. Na fase de movimentos oculares rápidos (REM), ligada aos sonhos, ocorre a ativação dos genes responsáveis pelo armazenamento da memória amplificada na fase anterior.

Segundo Ribeiro, outra implicação importante dos resultados obtidos por ele está relacionada com a forma de encarar os estudos do cérebro. Cada vez mais, disse o pesquisador, é preciso enxergar o cérebro como um todo, onde todas as funções estão relacionadas com outras.

Os estudos realizados com ratos, que foram monitorados por 100 microeletrodos, mostraram que não é apenas o córtex cerebral ou o hipocampo que estão envolvidos com o armazenamento da memória. "O fluxo se estabelece em várias partes do cérebro", disse Ribeiro.


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