No primeiro dia da COP-8, a ministra Marina Silva pede que ações mais concretas pela preservação da biodiversidade surjam das discussões tomarão conta de Curitiba até o dia 31 (foto: MMA)

Medidas urgentes
21 de março de 2006

No primeiro dia da COP-8, a ministra Marina Silva pede que ações mais concretas pela preservação da biodiversidade surjam das discussões que tomarão conta de Curitiba até o dia 31

Medidas urgentes

No primeiro dia da COP-8, a ministra Marina Silva pede que ações mais concretas pela preservação da biodiversidade surjam das discussões que tomarão conta de Curitiba até o dia 31

21 de março de 2006

No primeiro dia da COP-8, a ministra Marina Silva pede que ações mais concretas pela preservação da biodiversidade surjam das discussões tomarão conta de Curitiba até o dia 31 (foto: MMA)

 

Agência FAPESP - Coube à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como anfitriã do evento, fazer o discurso de abertura da Oitava Reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8), na segunda-feira (20/3), em Curitiba.

Marina não perdeu tempo em lembrar aos delegados que há muito a fazer. Segundo ela, até o dia 31 de março, quando termina a conferência, o mundo terá que encontrar novos caminhos para que a biodiversidade seja efetivamente preservada. Por causa das ações do homem, o planeta passa por extinções em massa nunca antes vistas.

"Há muito tempo tenho manifestado preocupações com a multiplicação de acordos multilaterais ambientais que não se traduzem em ações concretas, que são aprovados e não são implementados", disse na abertura da principal reunião ambiental realizada no Brasil desde 1992.

A ministra lembrou dos compromissos assumidos em 2002, na África do Sul, na Rio+10. "No que diz respeito às ações concretas, gostaria de deter-me à meta, adotada em johannesburgo, de reduzir de forma significativa as atuais taxas de perda da biodiversidade até 2010. Embora muitos países tenham tomado ações enérgicas nesse sentido, sem as quais o quadro seria ainda pior, agora, quando faltam apenas quatro anos para o final do prazo acertado, há muito ainda a fazer", disse.

A ministra afirmou que o quadro geral da biodiversidade planetária é bastante ruim. "Nos últimos anos, não só não houve sinais relevantes de redução da perda da biodiversidade, como os indicadores disponíveis revelam um quadro de crescente degradação da biodiversidade global", afirmou.

Com as discussões entre os delegados em curso – e eles estarão a partir desta terça-feira divididos em vários temas –, a expectativa dos movimentos não-governamentais presentes em Curitiba é que a COP 8 tenha mais resultados palpáveis que a Terceira Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP 3), realizada a semana passada também na capital do Paraná.

A discussão sobre a identificação dos grãos que serão exportados – o debate entre "contém" e "pode conter" – acabou sem um desfecho claro. O texto final, aprovado pelos delegados, diz que a expressão "contém OVMs" (organismos vivos modificados) deve constar nas cargas de transgênicos destinadas à movimentação transfronteiriça no prazo de até seis anos.

Mas, ao mesmo tempo, o assunto deverá voltar a ser discutido nas próximas reuniões feitas para a discussão do Protocolo de Cartagena. Ou seja, tudo pode mudar novamente até 2012, quando, pelo menos em tese, uma solução para o problema poderia surgir.

Mais informações: www.biodiv.org e www.cdb.gov.br


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