Existe capacidade científica e tecnológica para que o Brasil possa desenvolver seus próprios medicamentos, segundo Eliezer Barreiro, da UFRJ (foto: E.Geraque)

Medicamentos que falam português
21 de julho de 2005

Existe capacidade científica e tecnológica para que o Brasil possa desenvolver seus próprios medicamentos, segundo Eliezer Barreiro, da UFRJ. O único gargalo está nos estudos toxicológicos

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Existe capacidade científica e tecnológica para que o Brasil possa desenvolver seus próprios medicamentos, segundo Eliezer Barreiro, da UFRJ. O único gargalo está nos estudos toxicológicos

21 de julho de 2005

Existe capacidade científica e tecnológica para que o Brasil possa desenvolver seus próprios medicamentos, segundo Eliezer Barreiro, da UFRJ (foto: E.Geraque)

 

Por Eduardo Geraque, de Fortaleza

Agência FAPESP - A dúvida foi apresentada por Eliezer Barreiro no final de sua palestra, durante a 57a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Fortaleza. A pergunta do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é instigante: "Pode uma sociedade ser soberana para cuidar de sua saúde com fármacos que falam vários idiomas, menos o seu próprio?".

Otimista, e grande defensor de que o Brasil desenvolva seus próprios fármacos e medicamentos, Barreiro vê boa possibilidade de que isso ocorra. "Temos uma grande capacidade científica instalada. É, sem dúvida um sonho possível", disse durante o simpósio Química para o desenvolvimento sustentável: do biodiesel ao fármaco.

Na visão do cientista não existe apenas o caminho da matéria-prima natural. Segundo ele, está claro que a biodiversidade brasileira leva os pesquisadores ao desenvolvimento de novos fármacos, com base em plantas. O próprio laboratório de Barreiro, na UFRJ, tem patentes depositadas de uma substância extraída do óleo sassafrás, que atua no coração. "Mas também acredito na outra opção: temos como desenvolver medicamentos pela via sintética, com base em biotecnologia", disse.

Mas, para o pesquisador, tanto faz um caminho como o outro – e, no caso da biodiversidade, a palavra sustentabilidade deve estar sempre associada ao processo –, porque o gargalo é único. "Precisamos de mais grupos e de doutores na área de estudos toxicológicos. Esse ainda é um campo que carece de maior densidade humana", afirmou.


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