Pesquisa feita na UnB destaca associação entre pacientes que utilizam medicamentos antidepressivos com perda e ganho de peso. De 300 pacientes com depressão analisados, 62% estavam com sobrepeso ou obesidade
Pesquisa feita na UnB destaca associação entre pacientes que utilizam medicamentos antidepressivos com perda e ganho de peso. De 300 pacientes com depressão analisados, 62% estavam com sobrepeso ou obesidade
Pesquisa feita na UnB destaca associação entre pacientes que utilizam medicamentos antidepressivos com perda e ganho de peso. De 300 pacientes com depressão analisados, 62% estavam com sobrepeso ou obesidade
Pesquisa feita na UnB destaca associação entre pacientes que utilizam medicamentos antidepressivos com perda e ganho de peso. De 300 pacientes com depressão analisados, 62% estavam com sobrepeso ou obesidade
Agência FAPESP – Uma pesquisa feita na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB) destacou que efeitos colaterais de medicamentos antidepressivos podem interferir diretamente no estado nutricional dos pacientes, causando tanto perda como ganho de peso.
O trabalho de Helicínia Giordana Peixoto, apresentado como dissertação de mestrado, verificou o perfil nutricional e sua associação com antidepressivos utilizados por 300 indivíduos com transtorno depressivo, de idades entre 18 e 60 anos, assistidos no ambulatório do Hospital São Vicente de Paula, ligado à Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal e especializado no atendimento de pacientes psiquiátricos. A grande maioria dos indivíduos analisados era do sexo feminino (89%).
Foi aplicada uma ficha de atendimento para obtenção de dados pessoais, sociais, ambientais, clínicos e medicamentos utilizados. Também foram registradas informações sobre o padrão alimentar dos pacientes e feitos exames bioquímicos para identificação das taxas de glicemia e colesterol.
Os medicamentos utilizados pelos pacientes foram divididos em três classes: antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e antidepressivos de nova geração.
"Os indivíduos que usavam antidepressivos da classe ISRS tinham, em média, índice de massa corporal mais elevado quando comparados com pacientes que usavam medicamentos tricíclicos ou de nova geração", disse Helicínia, que é nutricionista do Hospital São Vicente de Paulo, à Agência FAPESP.
Da amostra analisada, 62% dos pacientes estavam acima do peso – 34% com sobrepeso e 28% eram obesos. Além disso, 5% apresentaram algum grau de desnutrição.
"O transtorno depressivo leva a diminuição da serotonina, um hormônio responsável pelo prazer, fazendo com que os pacientes apresentem tristeza e desânimo. Nesse contexto os antidepressivos podem tanto estimular o apetite e gerar compulsão alimentar, o que pode levar ao ganho de peso, como os indivíduos podem ter o apetite diminuído e perder peso", disse Helicínia, que também é professora da Faculdades JK, em Brasília.
Um artigo científico está sendo redigido com base nos resultados da dissertação Estado nutricional e seus fatores interferentes em pacientes com transtorno depressivo, orientada pela professora Marina Kiyomi Ito.
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