A poluição urbana, causada pela emissão de gases veiculares, é um dos principais desafios ambientais para os países europeus
(Foto: Comunidade Européia)

Mecanismos necessários
30 de dezembro de 2004

Média das emissões de carbono na Europa tem boas chances de ficar dentro das exigências feitas pelo Protocolo de Kyoto para 2012, segundo projeções da Agência Ambiental Européia, mas há muito a ser feito

Mecanismos necessários

Média das emissões de carbono na Europa tem boas chances de ficar dentro das exigências feitas pelo Protocolo de Kyoto para 2012, segundo projeções da Agência Ambiental Européia, mas há muito a ser feito

30 de dezembro de 2004

A poluição urbana, causada pela emissão de gases veiculares, é um dos principais desafios ambientais para os países europeus
(Foto: Comunidade Européia)

 

Agência FAPESP - Um equilíbrio bastante instável. Essa aparente contradição é a mais adequada para caracterizar a situação das emissões de carbono nos países da União Européia. Se, na média, as exigências do Protocolo de Kyoto estão até próximas de serem atingidas, individualmente a situação em algumas nações está longe do ideal.

Segundo estudo que acaba de ser divulgado pela Agência Ambiental Européia, principal organismo público do continente dedicado a divulgar informações ambientais de forma independente, esse quadro aparentemente favorável apenas será ratificado em 2012 – término da primeira fase estipulada em Kyoto – caso as políticas planejadas até agora sejam levadas em frente.

Além disso, diz a agência, o cumprimento das metas está totalmente vinculado aos chamados mecanismos de desenvolvimento limpo, também previstos pelo documento. Seis nações européias – Áustria, Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo e os Países Baixos – contam com planos para comprar emissões de carbono nos países do terceiro mundo.

Se todas as medidas já implantadas ou em fase de serem colocadas em prática forem concluídas, os cálculos da Agência Ambiental Européia mostram que a redução das emissões de carbono nos 15 países membros – aqui estão excluídas as nações que aderiram ao bloco recentemente – será de 7,7% em relação ao ano de 1990. O Protocolo de Kyoto exige que essa queda seja de 8%.

Os especialistas acreditam que, com os chamados mecanismos flexíveis – como a compra de crédito de carbono –, a redução possa chegar a 8,8%. Entre as medidas mais urgentes, mostra a análise da agência, está a redução das emissões de carbono por parte dos veículos automotores. Enquanto todos os setores diminuíram suas queimas de carbono em relação aos números de 1990, o setor de transportes registrou um aumento de 22%.

Quando o foco sai da média dos 15 países e entra em cada uma das nações, a situação também se torna bastante preocupante. Como Dinamarca, Itália, Portugal e Espanha estão muito longe de suas metas, os demais países terão que fazer esforços de redução dobrados. Caso contrário, em vez de 8,8%, a redução média dos 15 países será de, no máximo, 6,5%.


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