Ministério da Ciência e Tecnologia libera verba para a retomada da construção de laboratório produtor de vacina BCG, em Duque de Caxias (RJ). Com a fábrica, Brasil pode se tornar o segundo produtor mundial do medicamento
Ministério da Ciência e Tecnologia libera verba para a retomada da construção de laboratório produtor de vacina BCG, em Duque de Caxias (RJ). Com a fábrica, Brasil pode se tornar o segundo produtor mundial do medicamento
O laboratório possui aproximadamente 1,5 mil m² de área total e a construção de suas instalações, na Baixada Fluminense, foi iniciada em 1990. Foram investidos até agora cerca de R$ 30 milhões e, segundo o MCT, faltam cerca de R$ 9 milhões para adquirir equipamentos e concluir a obra, que teve de ser interrompida há quatro anos por falta de recursos. O Ministério da Saúde também vai repassar mais R$ 1,5 milhão para auxiliar na retomada das obras.
Além de suprir todo o consumo interno, algo em torno de 15 milhões de doses por ano, assim que o laboratório estiver pronto, o que ainda não tem data para ocorrer, o Brasil poderá exportar o restante da vacina produzida para países da África, Ásia e América Latina. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há uma carência de 200 milhões de doses de BCG por ano em todo o mundo.
A produção mundial de BCG é de 380 milhões de doses por ano, suficiente para vacinar apenas 95 milhões de pessoas. Os maiores laboratórios estão na Dinamarca, França, Índia, Indonésia e no Japão. O MCT acredita que, com a construção da fábrica na cidade de Duque de Caxias (RJ), o Brasil possa se tornar o segundo maior produtor de BCG, perdendo apenas para a Dinamarca.
A vacina BCG, que exige uma fábrica dedicada exclusivamente à sua produção, é feita com um bacilo atenuado vivo. Para crescer, ele precisa, em todas as etapas da produção, consumir nutrientes especiais, além de ter que ficar protegido da luz do Sol e do calor. Como ocorreu na África do Sul, muitos laboratórios reduziram sua produção ou foram fechados devido a tais exigências de fabricação.
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