Foto: Nasa
Na próxima semana, o planeta será o terceiro ponto mais brilhante no céu noturno, depois da Lua e de Vênus, e estará muito mais próximo da Terra e em posição favorável à observação como não se via há 60 mil anos. Para comemorar, a Nasa pede sugestões pela internet de regiões da superfície marciana a serem fotografadas
Na próxima semana, o planeta será o terceiro ponto mais brilhante no céu noturno, depois da Lua e de Vênus, e estará muito mais próximo da Terra e em posição favorável à observação como não se via há 60 mil anos. Para comemorar, a Nasa pede sugestões pela internet de regiões da superfície marciana a serem fotografadas
Foto: Nasa
Mais raro que a aproximação será a posição do planeta. No dia 27, Marte também estará em oposição periélica, ou seja, no ponto mais distante do Sol que é possível em sua órbita elíptica. Como Marte e a Terra estarão no mesmo plano, distantes do Sol e muito próximos entre si, será uma excelente oportunidade para observar o "planeta vermelho". Da superfície terrestre, Marte poderá ser observada como não se via há 60 mil anos.
A próxima vez que Marte se aproximará tanto da Terra será em 2287. A última vez foi em 1956, quando esteve a cerca de 56 milhões de quilômetros. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os melhores horários para se observar o planeta, do Brasil, serão entre as 17h51 do dia 27 e 1h14 do dia 28.
Marte já está muito brilhante e facilmente identificado por sua cor avermelhada. Surge no início da noite e se põe no final da madrugada. A orientação do Inpe é olhar para a direção aproximada do nascente do Sol no começo da noite. À meia-noite, ele estará bastante alto no céu e um pouco a Norte.
Para comemorar a aproximação, a Nasa, a agência espacial norte-americana, está pedindo sugestões de astrônomos profissionais ou amadores de regiões de Marte a serem fotografadas. As regiões podem ser sugeridas pelo site www.msss.com/plan/intro, que traz instruções detalhadas de como enviar as contribuições. As fotos serão feitas pela Mars Orbiter Camera, que está instalada na espaçonave Mars Global Surveyor, em órbita do planeta desde 1997.
Embora a câmera tenha produzido mais de 120 mil fotos, apenas 3% da superfície marciana foram registrados pelas imagens de alta resolução. "Queremos ter certeza de que não estamos ignorando nenhum local importante, por isso estamos pedindo a colaboração pública", disse Ken Edgett, da Malin Space Science Systems, empresa que construiu e opera a câmera para a Nasa.
A aproximação histórica de Marte coincide com o fato de o planeta ser a bola da vez na exploração espacial. Em junho, a Agência Espacial Européia lançou o Mars Express, que deverá chegar à Marte em dezembro, quando soltará o módulo Beagle 2, para pousar na superfície do planeta e realizar experimentos científicos. Em julho, americanos e japoneses também lançaram sondas em direção ao planeta.
Mais informações sobre a aproximação de Marte:
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.