Mary Shelley, autora do célebre Frankenstein

Manuscritos de Frankenstein em Oxford
04 de janeiro de 2004

Universidade inglesa compra por R$ 15,4 milhões a Coleção Abinger, que pertencia à família da escritora inglesa Mary Shelley. Com a compra, biblioteca de Oxford passa a ter todos os manuscritos do mais famoso romance da autora, dos quais já tinha dois terços

Manuscritos de Frankenstein em Oxford

Universidade inglesa compra por R$ 15,4 milhões a Coleção Abinger, que pertencia à família da escritora inglesa Mary Shelley. Com a compra, biblioteca de Oxford passa a ter todos os manuscritos do mais famoso romance da autora, dos quais já tinha dois terços

04 de janeiro de 2004

Mary Shelley, autora do célebre Frankenstein

 

Agência FAPESP - Os manuscritos do famoso romance Frankenstein, escrito entre 1816 e 1817 por Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), passam a integrar por completo as estantes da Biblioteca Bodleian, na Universidade de Oxford.

A instituição anunciou a compra da Coleção Abinger, este mês, na Inglaterra. O valor da aquisição é de R$ 15,4 milhões. A coleção, que acaba de sair das mãos da família da escritora, é considerada a mais importante das três que foram montadas pela própria Mary e deixada como herança ao filho Percy Florence Shelley.

Os manuscritos de Frankenstein revelam bastante do processo de confecção da obra. Os rascunhos apresentam, por exemplo, várias anotações feitas pelo poeta Percy Bysshe Shelley (1792-1822), marido de Mary. Essas observações continuam alimentando uma grande interrogação na mente dos críticos literários. Qual terá sido a influência de Percy sobre a mulher?

A coleção adquirida pela Universidade de Oxford contém outros documentos, muito deles não escritos por Mary. Vários dos papéis são assinados por Mary Wollstonecraft, mãe da autora de Frankenstein, e que era uma importante escritora feminista do século XIX. O texto de Vindication of the Rights of Women está entre os papéis adquiridos pela Biblioteca Bodleian. Originais do primeiro filósofo anarquista moderno, William Godwin, e pai de Mary, também fazem parte da Coleção Abinger.

Com a compra anunciada na Inglaterra, todos os principais documentos relacionados à família Shelley não correm mais o risco, pelo menos no curto prazo, de serem separados fisicamente. Os outros dois terços dos manuscritos já estavam em Oxford. Todos os documentos haviam sido doados pela família ao longo das últimas décadas.

Abinger, nome dado a coleção, é uma referência à família da filha adotiva de Percy Florence Shelley, filho de Mary, e Lady Shelley. A morte do Barão Abinger 8º, em 2002, é que motivou a venda da coleção, em definitivo, para a Universidade de Oxford.


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