O Dunkleosteus terrelli, que viveu há 400 milhões de anos, tinha 10 metros de comprimento, 4 toneladas de peso e a mordida mais forte de todos os peixes, capaz de partir um tubarão ao meio (foto: divulgação)
O Dunkleosteus terrelli, que viveu há 400 milhões de anos, tinha 10 metros de comprimento, 4 toneladas de peso e a mordida mais forte de todos os peixes, capaz de partir um tubarão ao meio
O Dunkleosteus terrelli, que viveu há 400 milhões de anos, tinha 10 metros de comprimento, 4 toneladas de peso e a mordida mais forte de todos os peixes, capaz de partir um tubarão ao meio
O Dunkleosteus terrelli, que viveu há 400 milhões de anos, tinha 10 metros de comprimento, 4 toneladas de peso e a mordida mais forte de todos os peixes, capaz de partir um tubarão ao meio (foto: divulgação)
Mas o tubarão pode respirar aliviado, pois o Dunkleosteus terrelli está extinto há 400 milhões de anos. Os cientistas sabiam que o antigo animal foi um predador dominante, mas não tinham noção de sua força. Um novo estudo, feito nos Estados Unidos, destaca a característica mais notável do antigo peixe: a mordida, que descobriram tão forte quanto a do tiranossauro.
Além de forte, era um predador muito rápido, capaz de abrir a boca em menos de um quinto de segundo, produzindo uma forte sucção que atraía as presas. De acordo com os pesquisadores, peixes costumam ter dentadas fortes ou rápidas, mas não as duas juntas, como era o caso do Dunkleosteus. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (29/11) no periódico Biology Letters, da Royal Society, a academia real de ciências do Reino Unido.
"A parte mais interessante desse trabalho de pesquisa foi a descoberta de que esse peixe de pesada couraça pudesse ter sido tão veloz durante a abertura da mandíbula e tão poderoso na hora de fechá-la", disse um dos autores do estudo, Mark Westneat, do Museu Field, em comunicado da instituição. "Essa combinação foi possível graças ao desenho único do crânio e de diferentes músculos usados para abrir e fechar a boca. Isso fez desse peixe um dos primeiros grandes predadores entre os vertebrados dos quais temos registros fósseis."
Para determinar a força da mordida do Dunkleosteus, os pesquisadores recriaram a musculatura do peixe a partir de um crânio fossilizado. Foi produzido um modelo biomecânico que simulou as funções da mandíbula e revelou um crânio particularmente dinâmico, conduzido por um mecanismo inusitado baseado em quatro juntas que trabalhavam em conjunto.
O resultado foi a dentada mais forte entre todos os peixes até hoje conhecidos. "O Dunkleosteus era capaz de devorar qualquer coisa em seu ambiente", disse Philip Anderson, da Universidade de Chicago, primeiro autor do estudo. Os tubarões desenvolveram mandíbulas capazes de devorar presas maiores do que eles próprios apenas 100 milhões de anos depois de o Dunkleosteus ter existido.
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