Mostra recém-inaugurada aborda problemas latentes do Brasil atual e as relações entre cultura e natureza. Visitas deverão ser agendadas (imagem: divulgação)

MAM e MAC exibem simultaneamente a exposição “Zona da Mata”
22 de junho de 2021

Mostra recém-inaugurada aborda problemas latentes do Brasil atual e as relações entre cultura e natureza. Visitas deverão ser agendadas

MAM e MAC exibem simultaneamente a exposição “Zona da Mata”

Mostra recém-inaugurada aborda problemas latentes do Brasil atual e as relações entre cultura e natureza. Visitas deverão ser agendadas

22 de junho de 2021

Mostra recém-inaugurada aborda problemas latentes do Brasil atual e as relações entre cultura e natureza. Visitas deverão ser agendadas (imagem: divulgação)

 

Agência FAPESP – O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) exibem, em parceria inédita, a exposição “Zona da Mata”, recém-inaugurada.

A curadoria é assinada conjuntamente por Ana Magalhães e Marta Bogéa, do MAC, bem como por Cauê Alves, do MAM.

Como explicam os organizadores, Zona da Mata corresponde geograficamente à faixa litorânea da região Nordeste do Brasil, paralela ao oceano Atlântico, que se estende do Rio Grande do Norte até a Bahia. Trecho da Mata Atlântica original, hoje quase extinta na região, foi solo fértil explorado de modo predatório. Porta de entrada para a colonização, é historicamente um território de conflito, instaurado no modo de invasão e ocupação, matriz de destituição dos povos originários e da diáspora afro no país.

“A exposição adota o termo Zona da Mata como metáfora simbólica do enfrentamento necessário do desafio de tratarmos da violenta constituição de nosso território. Frente à exploração predatória de pessoas e lugares, como restituir dignidade ao que precisamos reconhecer como nossa morada? É incontornável repactuar nossa condição humana na indissociável relação entre cultura e natureza. Diante do Brasil em febril convulsão, violentamente retrógrado, Zona da Mata é hoje todo o país. Alinhados ao desafio mundial, precisamos mais do que nunca nos reposicionar frente ao nosso pacto de país e sociedade, a começar por reconhecer saberes ancestrais que não soubemos acalentar, sem aprisioná-los em um passado histórico, mas como parte fundamental de nosso desejável presente”, afirmam os curadores.

No MAC, haverá uma única montagem, com trabalhos de Brasil Arquitetura, Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, Claudia Andujar, Fernando Limberger, Gabriela Albergaria, Gustavo Utrabo, Guto Lacaz, Jaime Lauriano, Julio Plaza, Leandro Lima, Gisela Motta, Marcius Galan, Paulo Nazareth e Rodrigo Bueno.

No MAM, a exposição será exibida em dois momentos, com montagens de artistas diferentes. De 19 de junho a 17 de outubro, a Sala de Vidro do MAM recebe obras de Marcius Galan, Guto Lacaz e Gustavo Utrabo; e, de 23 de outubro de 2021 a 6 de março de 2022, será apresentado, no mesmo espaço, trabalho do artista Rodrigo Bueno feito especialmente para o local.

No MAM, os ingressos são disponibilizados pelo site do museu e as visitas ocorrerão com hora marcada. No MAC, a visita é gratuita, mas precisa ser agendada pela plataforma de eventos Sympla. Nos dois museus, o número de pessoas por sala é limitado, o uso de máscara é obrigatório e dispositivos de álcool em gel estão distribuídos em pontos estratégicos.

O Museu de Arte Moderna fica no Parque Ibirapuera, na av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Vila Mariana, São Paulo, pelos Portões 1 e 3, aberto à visitação de terça-feira a domingo, das 12h às 18h. O Museu de Arte Contemporânea também está situado no Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, 1.301) e fica aberto de terça à quinta-feira, das 11h às 19h, e de sexta a domingo, das 11h às 21h.

Mais informações pelos telefones (11) 5085-1300 (MAM São Paulo) e (11) 2648-0254 (MAC-USP).
 

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