Cientistas desenvolvem método de análise que torna possível estudar, por meio da luz visível, partes da galáxia que estejam próximas de buracos negros (ilust.: Nasa/Un.Sonoma)
Uma equipe de cientistas de diversos países consegue desenvolver um método de análise que torna possível estudar, por meio da luz visível, partes da galáxia que estejam próximas de buracos negros
Uma equipe de cientistas de diversos países consegue desenvolver um método de análise que torna possível estudar, por meio da luz visível, partes da galáxia que estejam próximas de buracos negros
Cientistas desenvolvem método de análise que torna possível estudar, por meio da luz visível, partes da galáxia que estejam próximas de buracos negros (ilust.: Nasa/Un.Sonoma)
A partir de filtros acoplados a instrumentos ópticos, os pesquisadores conseguiram isolar uma parte da luz emitida pelos buracos negros que é espalhada pela atmosfera. Em termos bastante simplificados, o efeito obtido é mais ou menos o mesmo que se tem com um simples óculos escuros, cujas lentes barram o comprimento de luz que não se deseja receber na retina.
Segundo os cientistas, que publicaram a descoberta na edição atual do periódico da Sociedade Astronômica Real, essa é a primeira vez que se consegue usar a luz visível para focalizar uma parte da galáxia que está bastante próxima a um buraco negro.
O interesse dos pesquisadores, nesses casos, recai sobre áreas que atravessam um dia-luz. Até hoje, com esse tipo de procedimento, o máximo que se tinha conseguido havia sido separar a luz vísivel de áreas correspondentes a 100 dias-luz. Esse tipo de grandeza, usada pelos astronômos, é da ordem de 9,467305 x 10 elevado a 12 quilômetros. Isso é quanto a luz viaja, no vácuo, em um único dia de um ano-luz.
Com o isolamento de parte da luz visível por meio de filtros, os cientistas conseguiram encontrar um sinal bastante característico, chamado de linha de Balmer, que revela propriedades interessantes da área em que a luz foi emitida.
É possível obter informações, por exemplo, referentes à temperatura e à densidade das regiões próximas dos buracos negros. É a primeira vez, também, que esse sinal, normalmente relacionado ao estudo do Sol, é usado para os buracos negros.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.