Maior árvore genealógica
25 de abril de 2005

Projeto Genográfico pretende analisar amostras do DNA de 200 mil pessoas em todo o mundo. Qualquer um pode participar para conhecer sua origem genética e descobrir por onde andaram seus antepassados há 60 mil anos

Maior árvore genealógica

Projeto Genográfico pretende analisar amostras do DNA de 200 mil pessoas em todo o mundo. Qualquer um pode participar para conhecer sua origem genética e descobrir por onde andaram seus antepassados há 60 mil anos

25 de abril de 2005

 

Agência FAPESP - O Brasil completa agora apenas 505 anos, muito pouco perto de países europeus ou asiáticos. Apesar disso, diversas famílias contam com uma linhagem que se estende por dezenas – ou mesmo centenas – de gerações, vindas das mais diversas partes do mundo.

Quer saber onde seus ancestrais estavam há 60 mil anos? Agora isso pode ser possível, graças ao mais ambicioso projeto a estudar a história genética e das migrações ocorridas no planeta.

Qualquer um pode participar, enviando amostras de DNA ao Projeto Genográfico, que está sendo conduzido por cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Quanto mais, melhor. Para que o projeto tenha a abrangência desejada, os idealizadores esperam ter amostras do código genético de pelo menos 200 mil pessoas em todo o mundo.

O projeto, que conta com apoio da IBM e da National Geographic, deve levar cinco anos para ser concluído. O objetivo é revelar como os ancestrais daqueles que vivem hoje se dividiram em grupos e quais rotas foram escolhidas à medida que se espalhavam pelo planeta.

Enquanto a Fundação Waitt será a encarregada de colher exemplos do DNA de representantes de tribos indígenas, a Universidade do Arizona irá analisar as amostras enviadas pelo público em geral. Para participar, é preciso comprar um kit que está sendo vendido pela National Geographic por cerca de US$ 100. O kit permite a coleta de células da cavidade bucal e sua armazenagem.

As amostras serão enviadas pela empresa aos laboratórios da Universidade do Arizona, onde serão analisados em computadores oferecidos pela IBM. Segundo os responsáveis pelo projeto, os dados individuais serão protegidos, mas os participantes terão a permissão de pesquisar resultados pessoais pela internet.

"Será a primeira vez que pessoas de todo o mundo poderão conhecer detalhes sobre seus ancestrais genéticos remotos", diz Michael Hammer, diretor da universidade norte-americana, em comunicado da instituição.

Mais informações: www5.nationalgeographic.com/genographic


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