Madeira combustível
23 de janeiro de 2004

Com apoio técnico da USP e financiamento do CNPq, o Estado de Rondônia vai montar sua primeira termelétrica. A energia para mover o projeto piloto será retirada de resíduos de madeira

Madeira combustível

Com apoio técnico da USP e financiamento do CNPq, o Estado de Rondônia vai montar sua primeira termelétrica. A energia para mover o projeto piloto será retirada de resíduos de madeira

23 de janeiro de 2004

 

Agência FAPESP - Com financiamento de R$ 1 milhão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Rondônia montará sua primeira usina termelétrica, com funcionamento a partir da energia presente em resíduos de madeira, matéria-prima abundante no Estado.

O projeto piloto deverá estar terminado em dois anos. O projeto da usina, que terá uma capacidade inicial de produção de 200 kw, será feito pelo Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP. A iniciativa conta com a parceria do Centro Nacional de Referência em Biomassa, também da USP, da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), do Pará, e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Segundo informações do MMA, a usina, quando estiver funcionando, irá beneficiar a comunidade extrativista de Cautário 1, uma das integrantes da Associação dos Seringueiros do Vale do Rio Guaporé, a cerca de 700 quilômetros da capital Porto Velho. A população local vive de atividades extrativistas de produtos como látex, castanha e copaíba, além da extração sustentável de madeira, do artesanato e do ecoturismo.

Segundo cálculos do ministério, a economia com o uso da biomassa e a conseqüente redução no consumo de óleo na reserva extrativista poderá chegar aos R$ 4 mil por mês. A retirada dos geradores que hoje funcionam na região também deverá contribuir para a diminuição da poluição atmosférica no interior de Rondônia.


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