Centro Nacional de Referência em Biomassa inicia projeto no Ceará para investigar a viabilidade da utilização de óleos vegetais em geradores convencionais de energia
Centro Nacional de Referência em Biomassa inicia projeto no Ceará para investigar a viabilidade da utilização de óleos vegetais em geradores convencionais de energia
A Fazenda Normal, localizada a aproximadamente 211 quilômetros de Fortaleza, foi escolhida como a sede do projeto. Se a teoria der certo na prática, o projeto Geração de Energia Elétrica a partir de Óleos Vegetais em Comunidades Isoladas no Estado do Ceará deverá levar luz ao interior do Nordeste a partir da mamona.
De acordo com o IEE, como a carência por energia elétrica na região é alta, os pesquisadores analisaram que óleo vegetal poderia ser o mais indicado para a região. A mamona se destacou por mostrar maior resistência ao semi-árido brasileiro.
Para garantir a produção de mamona que alimentará os geradores serão plantados até 200 hectares na região. Haverá ainda a instalação de uma microusina para a extração do óleo.
A produção obtida em solo cearense terá dois destinos, segundo o projeto elaborado pelo Cenbio. Metade será usada in natura e a outra parte será misturada ao álcool, para a formação de uma das formas de biodiesel.
O produto in natura não poderá ser utilizado em geradores tradicionais sem a adaptação de um kit ao equipamento. Por ser muito viscoso, a pasta extraída da mamona tem que ser aquecida antes de ser usada na engrenagem do motor.
O projeto prevê a utilização dos dois sistemas no Ceará. Quando entrarem em funcionamento, no segundo semestre, os técnicos vão analisar o desempenho e a viabilidade de cada um para definir qual é mais indicado para as condições da cidade de Quixeramobim.
Dados do IBGE mostram que atualmente existem no Brasil 12 milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica. Desse universo, 9,5 milhões estão no Norte e Nordeste. A maioria, 88%, vive na zona rural.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.