Comunidade acadêmica tem duas importantes perdas com as mortes do epidemiologista Oswaldo Paulo Forattini, da USP, e do artista plástico Bernardo Caro (foto), da Unicamp (foto: Unicamp)
Comunidade acadêmica tem duas importantes perdas com as mortes do epidemiologista Oswaldo Paulo Forattini, da USP, e do artista plástico Bernardo Caro (foto), da Unicamp
Comunidade acadêmica tem duas importantes perdas com as mortes do epidemiologista Oswaldo Paulo Forattini, da USP, e do artista plástico Bernardo Caro (foto), da Unicamp
Comunidade acadêmica tem duas importantes perdas com as mortes do epidemiologista Oswaldo Paulo Forattini, da USP, e do artista plástico Bernardo Caro (foto), da Unicamp (foto: Unicamp)
Forattini, ex-diretor da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, faleceu na madrugada de sábado (15/9), vítima de insuficiência respiratória. Tinha 83 anos. Epidemiologista reconhecido internacionalmente, foi pioneiro na produção de metodologias de coleta e de identificação de vetores de agentes etiológicos de doenças como dengue, febre amarela, doença de Chagas, encefalite e malária.
Foi fundador da Revista de Saúde Pública e editor da Editora da USP. Entre os prêmios que recebeu estão a Medalha do Centenário do Instituto Oswaldo Cruz, o John Belkin Memorial Award e o Prêmio Jabuti de 1996, pelo livro Culicidologia Médica vol.1 1996.
Formado em 1949 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obteve em 1954 o título de livre-docente junto à Cadeira de Parasitologia da FSP. A carreira de pesquisador começou antes mesmo de terminar o curso de medicina, com a publicação de seu primeiro artigo em 1946.
Na extensa relação de contribuições científicas deixada por Forattini, observa-se forte tendência aos estudos biológicos e ecológicos de artrópodes de interesse médico. Sempre imprimiu a esses trabalhos um sentido dinâmico ao estudo da epidemiologia das doenças endêmicas, identificando relações entre homem-ambiente-artrópode.
Entre as doenças estudadas pelo professor Forattini destacam-se a leishmaniose, a febre amarela, a malária, a tripanossomíase americana e a encefalite por vírus, cujos resultados das pesquisas realizadas e publicadas foram importantes na determinação das principais modalidades de transmissão dessas parasitoses.
Bernardo Caro
O artista plástico Bernardo Caro, ex-diretor do Instituto de Artes da Unicamp, morreu na manhã de domingo (16/9), em Campinas. No dia 14 havia se submetido a um implante de válvula cardíaca no Hospital Celso Pierro, não resistindo ao pós-operatório. Completaria 76 anos em dezembro.
Caro firmou-se como artista plástico a partir de 1964, quando passou a fazer parte do Grupo Vanguarda. Na década de 1970 participou de várias versões nacionais e internacionais da Bienal de Arte Moderna de São Paulo. Além de ter participado de exposições na Itália, na Espanha, no Japão e em países da América Latina, tem obras em acervos de Londres, Washington, Paris, Madri, Granada, Stuttgart e Estocolmo.
Natural de Itatiba (SP), Caro foi educador e professor universitário, ligando-se primeiramente à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, de cujo Departamento de Artes Plásticas foi chefe de 1979 a 1982, e depois à Unicamp. De 1997 a 2006 foi vice-cônsul da Espanha em Campinas e região.
Filho de imigrantes andaluzes, a arte de Bernardo Caro era um ponto de união entre a tradição da pintura espanhola e a temática brasileira. Em 1997, a cidade de Villanueva del Trabuco, onde nasceram seus pais, prestou uma homenagem ao artista dando seu nome a uma das ruas da localidade. Bernardo compensou-os com um monumento construído na praça principal da cidade.
Detalhes sobre a vida e a obra de Bernardo Caro podem ser consultados no site bernardocaro.bravehost.com.
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