Dois artigos publicados na Nature destacam que Hipérion tem superfície porosa e cheia de crateras, com aparência que lembra a de uma esponja marinha (Nasa)
Dois artigos publicados na Nature destacam que Hipérion, oitavo maior satélite de Saturno, tem superfície porosa e cheia de crateras, com aparência que lembra a de uma esponja marinha
Dois artigos publicados na Nature destacam que Hipérion, oitavo maior satélite de Saturno, tem superfície porosa e cheia de crateras, com aparência que lembra a de uma esponja marinha
Dois artigos publicados na Nature destacam que Hipérion tem superfície porosa e cheia de crateras, com aparência que lembra a de uma esponja marinha (Nasa)
Os estudos, feitos por dois grupos distintos de pesquisadores, analisaram imagens obtidas pela sonda Cassini, que está em órbita de Saturno, durante um sobrevôo realizado em setembro de 2005, quando a espaçonave passou a distâncias de até 618 quilômetros do satélite.
As imagens de alta resolução revelam que, além da forma irregular, Hipérion tem aparência semelhante à de uma esponja marinha. Os orifícios são crateras bem conservadas, com entre 2 e 10 quilômetros de diâmetro.
Segundo o estudo feito por Peter Thomas, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, e colegas, a distribuição das crateras é incomum e o satélite é altamente poroso. Para os pesquisadores, a porosidade maior de 40% pode ter ajudado na preservação das crateras, ao minimizar o quantidade de material produzido ou retido.
No outro artigo, o grupo liderado por Dale Cruikshank, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, a agência espacial norte-americana, destaca que o material escuro observado no fundo das crateras é semelhante ao encontrado em duas outras luas de Saturno: no lado escuro de Iapetus e na superfície de Febe. De acordo com o estudo, a composição química da superfície de Hipérion apresenta principalmente uma mistura sólida de água e dióxido de carbono.
As análises confirmaram que Hipérion é também a única lua do Sistema Solar em que se observa uma rotação considerada caótica, com um balanço tão forte em seu eixo que torna imprevisível sua orientação no espaço. O que ninguém poderia imaginar, segundo os autores, era a aparência esponjosa do satélite, diferente de qualquer outro objeto já visto.
Hipérion tem cerca de 360 quilômetros em seu maior lado. Foi descoberto em 1848 pelos norte-americanos William Cranch Bond e George Phillips Bond e pelo inglês William Lassell.
Os artigos Hyperion’s sponge-like appearance e Surface composition of Hyperion podem ser lidos por assinantes da Nature em www.nature.com.
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