Pesquisa que resultou na obra contou com financiamento da FAPESP. São fotografias e vídeos que expõem a brutalidade da exibição de pessoas, até o início do século, com peculiaridades físicas ou de diferentes etnias (imagem: Joseph Merrick, The Elephant-Man/British Medical Journal/Wikimedia Commons)

Livro relembra as exibições de humanos em zoológicos e espetáculos
17 de dezembro de 2020

Pesquisa que resultou na obra contou com financiamento da FAPESP. São fotografias e vídeos que expõem a brutalidade da exibição de pessoas, até o início do século, com peculiaridades físicas ou de diferentes etnias

Livro relembra as exibições de humanos em zoológicos e espetáculos

Pesquisa que resultou na obra contou com financiamento da FAPESP. São fotografias e vídeos que expõem a brutalidade da exibição de pessoas, até o início do século, com peculiaridades físicas ou de diferentes etnias

17 de dezembro de 2020

Pesquisa que resultou na obra contou com financiamento da FAPESP. São fotografias e vídeos que expõem a brutalidade da exibição de pessoas, até o início do século, com peculiaridades físicas ou de diferentes etnias (imagem: Joseph Merrick, The Elephant-Man/British Medical Journal/Wikimedia Commons)

 

Agência FAPESP – A Editora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lançou o livro Zoológicos Humanos: gente em exibição na era do imperialismo (Editora Unicamp, 2020), de autoria da pesquisadora Sandra Sofia Machado Koutsoukos, do Instituto de Artes da Unicamp.

A obra é repleta de fotografias e vídeos que expõem a brutalidade dos chamados zoológicos humanos e dos espetáculos de exibição de pessoas com peculiaridades físicas ou de diferentes etnias, que ocorriam nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil até o início do século XX.

O livro é resultado da pesquisa de Koutsoukos, que recebeu Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP. O estudo investigou o objetivo das exposições em geral, envolvendo algumas teorias racistas que estavam em questão, e analisou a representação em fotografia dos povos exibidos, investigando as possibilidades e as estratégias de autorrepresentação daqueles sujeitos na construção dos seus retratos.

Zoológicos Humanos: gente em exibição na era do imperialismo mostra que as exibições iam além da curiosidade de um público em busca de entretenimento. Havia apoio de muitas autoridades científicas, que usavam as feiras de exibição como campos de estudo para comprovar as suas hipóteses racistas, além de objetivos econômicos.

A obra apresenta também a história de pessoas que foram privadas de suas individualidades devido às características de seus corpos. Entre elas estão Sarah Baartman, mulher da etnia khoi-san exibida na Inglaterra, chamada de “Vênus Hotentote”, Joseph Merrick, inglês com elefantíase conhecido como “Homem elefante”, e Ota Benga, rapaz congolês da tribo Mbuti que chegou a ser exibido junto a macacos no zoológico do Bronx, em Nova York (Estados Unidos).

O livro pode adquirido no site da Editora da Unicamp.
 

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