Novo adesivo desenvolvido por microempresa incubada no Cietec começa a ser comercializado. A tecnologia se adapta em estruturas que não podem ser perfuradas. A composição do produto também não apresenta nenhuma substância química nociva à saúde ou ao meio ambiente
Novo adesivo desenvolvido por microempresa incubada no Cietec começa a ser comercializado. A tecnologia se adapta em estruturas que não podem ser perfuradas. A composição do produto também não apresenta nenhuma substância química nociva à saúde ou ao meio ambiente
Agência FAPESP - O Prego Líquido é mais um produto inovador oriundo do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), instituição que usa a capacidade instalada da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). A nova tecnologia em adesivo, desenvolvida pela micro empresa AdEspec, se adapta em estruturas que não podem ser perfuradas.
"A grande vantagem do Prego Líquido é que ele não precisa de ativador. É um produto que você aplica e ele fixa o material imediatamente e, à medida que o adesivo vai secando, a resistência à tração vai aumentando", disse a engenheira química e diretora da AdEspec, Wang Shu Chen, em um bate-papo realizado no site do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), nesta terça-feira (5/8). O tema do chat foi "Adesivos Especiais Ecológicos para Uso em Indústria, Construção e Consumo Popular".
Segundo Wang, o adesivo pode ser considerado ecológico porque não contém em sua formulação nenhum produto agressivo à saúde ou ao meio ambiente. A AdEspec ficou incubada desde fevereiro de 2001 no Cietec para desenvolver o produto.
Os laboratórios do IPT foram utilizados para a comprovação das propriedades do produto. Uma bateria de testes físicos - resistências à tração, impacto, envelhecimento com raios UV e impermeabilidade – mostrou que o produto poderia substituir o prego tradicional. "Sem esses testes, seria impossível caracterizar de modo completo esta nova tecnologia", disse Wang.
Com a idealização e começo da comercialização do Prego Líquido, a AdEspec está deixando o Cietec e ficará incubada no próprio campus do IPT, na Divisão de Química, onde a microempresa irá desenvolver outros produtos como selantes especiais para uso em indústrias, construção civil ou doméstico, além de estudos de viabilização comercial dessa nova linha de selantes.
Parte dos novos estudos contam com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que investiu R$ 291 mil no projeto "Desenvolvimento de adesivos e selantes a base de polieteres silil-terminados para uso em indústrias e construção civil". O projeto se encontra na segunda fase do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE), da Fundação.
O bate-papo sobre o "Prego Líquido" com a diretora da AdEspec, Wang Shu Chen, está disponível para consultas on-line no site do IPT, no endereço www.ipt.br/tecnologia/chat/?ARQ=103
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