Levantamento da preservação
28 de junho de 2004

Mapa da Amazônia Brasileira, lançado pelo Laboratório de Geoprocessamento do Instituto Socioambiental, traz informações sobre as condições de terras indígenas e unidades de conservação de uma área de 500 milhões de hectares

Levantamento da preservação

Mapa da Amazônia Brasileira, lançado pelo Laboratório de Geoprocessamento do Instituto Socioambiental, traz informações sobre as condições de terras indígenas e unidades de conservação de uma área de 500 milhões de hectares

28 de junho de 2004

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Laboratório de Geoprocessamento do Instituto Socioambiental (ISA) acaba de lançar um banco de dados atualizado sobre a Amazônia Legal, área de 500,6 milhões de hectares no Norte do Brasil que abrange os Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

O Mapa da Amazônia Brasileira 2004, no formato 100 x 70 cm e escala 1:4.000.000, apresenta a cobertura vegetal, as áreas alteradas pela ação humana e uma lista com as 236 unidades de conservação (UCs) e as 400 terras indígenas (TIs) da região.

O levantamento mostra 60,5 milhões de hectares de UCs, que correspondem a 12% da Amazônia Legal, descartando os cerca de 14 milhões de hectares sobrepostos a TIs e a outras UCs. Já as TIs se estendem por 104,3 milhões de hectares, o que corresponde a 20% da região.

"Comparada com estudos sobre a mata atlântica, a região amazônica está com sua extensão muito bem preservada. O mapa nos mostra os tipos de vegetação inalterados e como a devastação humana consegue parar no limite das terras indígenas e unidades de conservação habitadas", disse Alícia Rolla, pesquisadora do laboratório de Geoprocessamento do ISA, à Agência FAPESP.

"Em 2001, por exemplo, 1,96% das áreas protegidas estavam desmatadas, enquanto que fora delas haviam 18,96% desmatadas", disse Alícia, uma das coordenadoras do mapa. Para ela, isso prova que essas áreas de conservação são importantes para barrar a destruição da floresta.

A lista inclui a quantidade, o nome, a extensão, as diferentes categorias e o instrumento legal de criação das UCs, além dos nomes dos povos das TIs e a situação jurídico-administrativa das áreas em questão.

Os dados foram obtidos por meio do Programa de Monitoramento de Áreas Protegidas do ISA e lançados sobre as cartas do mapeamento sistemático do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a visualização das informações, foi utilizado ainda o mapa da vegetação da América do Sul, parte integrante da base de dados Global Land Cover 2000 do Joint Research Centre, da Comissão Européia, que permite a identificação das áreas alteradas.

O mapa teve uma tiragem inicial de 3 mil exemplares e está à venda por R$ 15 na sede do ISA, em São Paulo (SP), além das sub-sedes de Brasília (DF), São Gabriel da Cachoeira (AM) e pelo site (www.socioambiental.org da instituição.


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