Livro mostra potencial da nanotecnologia na indústria e apresenta técnicas de preparação de nanomateriais

Lançamento nanométrico
10 de maio de 2006

Livro mostra potencial da nanotecnologia na indústria e apresenta técnicas de preparação de nanomateriais. Nelson Durán (Unicamp), Luiz Henrique Mattoso (Embrapa) e Paulo Cezar de Morais (UnB) são os autores

Lançamento nanométrico

Livro mostra potencial da nanotecnologia na indústria e apresenta técnicas de preparação de nanomateriais. Nelson Durán (Unicamp), Luiz Henrique Mattoso (Embrapa) e Paulo Cezar de Morais (UnB) são os autores

10 de maio de 2006

Livro mostra potencial da nanotecnologia na indústria e apresenta técnicas de preparação de nanomateriais

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Apresentar conceitos básicos, pesquisas e iniciativas em nanotecnologia em linguagem acessível e mostrar técnicas avançadas para cientistas mais experientes. Essa é a proposta do livro Nanotecnologia: introdução, preparação e caracterização de nanomateriais e exemplos de aplicação (Artliber Editora), que está sendo lançado.

"Apesar de listar os fundamentos básicos da nanociência, o livro está longe de ter uma abordagem superficial", explica Nelson Durán, pesquisador do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e um dos autores da obra, à Agência FAPESP. "A partir de exemplos de sucesso, nossa intenção é mostrar o amplo potencial de aplicação da nanotecnologia nos mais variados setores industriais."

Os outros dois autores são Paulo Cezar de Morais, professor do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB), e Luiz Henrique Capparelli Mattoso, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, atualmente no Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex), nos Estados Unidos.

Para Durán, os experimentos brasileiros não deixam nada a desejar na corrida mundial pelos avanços em nanotecnologia. Ele lembra o esforço do governo federal quando foi criada, em 2001, a Iniciativa Brasileira em Nanotecnologia, que contou com a participação de instituições de ensino e pesquisa de todo o país.

"Essa iniciativa permitiu a expansão da nanotecnologia para outras áreas do conhecimento. Apesar de esse programa oficialmente já ter terminado no âmbito do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], os pesquisadores continuam trabalhando para aumentar a visibilidade das descobertas brasileiras no exterior", conta Durán.

Além de evidenciar os estudos realizados nos principais laboratórios brasileiros, a publicação destaca ainda a Rede de Nanobiotecnologia, que também integrou a iniciativa governamental. "As pesquisas da rede continuam sendo desenvolvidas por 19 universidades brasileiras e mais de 90 cientistas. Já são 40 patentes depositadas e mais de 500 artigos publicados", explica o pesquisador da Unicamp.

A Rede de Nanobiotecnologia é formada por três sub-redes: nanopartículas para liberação controlada de fármacos, materiais nanoestruturados para sensores e nanopartículas magnéticas.

"O governo tem reconhecido o potencial da nanotecnologia como uma área estratégica e isso acaba se refletindo na qualidade das pesquisas desenvolvidas no país", afirma Durán.

Mais informações: www.artliber.com.br


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.