O minilaboratório da agência espacial norte-americana
(foto: Nasa)

Laboratório em CD
31 de outubro de 2003

Nasa desenvolve minúsculos laboratórios em discos parecidos com os de música para conduzir testes biológicos na Estação Espacial Internacional. O principal objetivo é identificar possíveis formas de vida extraterrestres

Laboratório em CD

Nasa desenvolve minúsculos laboratórios em discos parecidos com os de música para conduzir testes biológicos na Estação Espacial Internacional. O principal objetivo é identificar possíveis formas de vida extraterrestres

31 de outubro de 2003

O minilaboratório da agência espacial norte-americana
(foto: Nasa)

 

Agência FAPESP - A Nasa, agência espacial norte-americana, está desenvolvendo minúsculos laboratórios para conduzir testes biológicos na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). O principal objetivo é identificar possíveis fontes ou formas de vida extraterrestres. A novidade é que os minilaboratórios estão contidos em CDs, do tamanho dos discos de música.

Há duas versões, uma descartável, feita de plástico, e outra de vidro, reutilizável. Para realizar os testes, a amostra de um líquido a ser examidado é colocada em uma pequena abertura próximo ao centro do disco. Em seguida, o CD é colocado em uma máquina para rodar o suficiente até que a força centrífuga espalhe o fluído por minúsculos receptáculos distribuídos pela superfície do disco.

Durante o processo, corantes depositados nos receptáculos se misturam à amostra colhida. Os corantes foram projetados para brilhar quando expostos a proteínas e substâncias químicas específicas.

O equipamento, então, emite uma luz específica nos receptáculos do CD. Caso o líquido brilhe em uma determinada cor, mostrará que contém a substância que o corante foi projetado para detectar. Uma câmera digital acoplada a um microscópio produz fotos dos resultados.

"Esses minúsculos laboratórios permitirão automatizar processos que tradicionalmente levavam muito tempo, além de serem muito caros", disse Michael Flynn, do Centro de Pesquisas de Ames, da agência norte-americana. "Com eles, será possível realizar milhares de testes em uma única missão."

G. Scott Hubbard, diretor do centro, vai mais longe. "Esta tecnologia permitirá, no futuro, que astronautas ou robôs possam pesquisar instantaneamente por formas de vida em planetas ou luas", disse.

Os laboratórios em CDs estão sendo desenvolvidos em parceria com as universidades de Stanford e da Califórnia, em Irvine, além da empresa Nanogen.

Mais informações: http://spaceresearch.nasa.gov


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