Laboratório biosseguro
10 de novembro de 2003

Será inaugurado nesta terça-feira (11/11), no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, o primeiro laboratório de virologia do Brasil com o padrão de segurança NB3+. A classificação é uma das mais altas que uma instituição de pesquisa civil pode ter

Laboratório biosseguro

Será inaugurado nesta terça-feira (11/11), no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, o primeiro laboratório de virologia do Brasil com o padrão de segurança NB3+. A classificação é uma das mais altas que uma instituição de pesquisa civil pode ter

10 de novembro de 2003

 

Agência FAPESP - Os virologistas ligados ao Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) poderão trabalhar com mais tranqüilidade e segurança em suas amostras de hantavírus, arbovírus ou do vírus do Oeste do Nilo.

Será inaugurado nesta terça (10/11), no segundo andar de um dos blocos do ICB, o Laboratório Klaus Eberhard Stewien. O nome do centro de pesquisa em virologia mais moderno do país é uma homenagem ao cientista alemão naturalizado brasileiro que ajudou a controlar a paralisia infantil do lado de cá do Atlântico. O homenageado, inclusive, estará presente na cerimônia de inauguração do laboratório, marcada para às 14h.

Em entrevista à revista Pesquisa FAPESP, o professor Edison Luiz Durigon, do ICB, conta que o laboratório estará em pleno funcionamento a partir de janeiro. Segundo ele, não se trabalharão com vírus exóticos, como o do Oeste do Nilo, por exemplo, antes de eles serem identificados no Brasil.

Por causa do elevado nível de segurança da sala – apenas o famoso centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos pode ser considerado superior –, os cientistas que trabalharem no local terão que cumprir um ritual de dez minutos ao entrar e sair da sala. Apenas seis terão o cartão eletrônico com a senha de acesso. As paredes ao redor da sala apresentam meio metro de largura.

A construção do laboratório na USP é apenas o primeiro de vários outros que serão montados no Brasil. Apenas no Estado de São Paulo mais três deverão ser inaugurados até o fim de 2004. Todos serão usados pela Rede de Diversidade Genética de Vírus (VGDN), um Programa de Inovação Tecnológica da FAPESP criado no final de 2000.

Também até o fim de 2004, outros laboratórios ultra-seguros devem entrar em operação nas cidades de Brasília, Fortaleza, Manaus, Salvador, Recife e Porto Alegre. Os outros três de São Paulo serão montados em Ribeirão Preto (USP), São José do Rio Preto (Universidade Estadual Paulista) e no Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista.

Além de Stewien e Durigon, o evento contará com a presença de João Carlos de Souza Meirelles, Secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Luiz Nunes de Oliveira, pró-reitor de pesquisa da USP, Cristiano Corrêa de Azevedo Marques, diretor do Instituto Adolfo Lutz, Henrique Krieger, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas, Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, José Fernando Perez, diretor científico da FAPESP, entre diversas autoridades e cientistas.


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