Ganhador do Nobel de Medicina de 2002, que coordenou a participação do Reino Unido no Projeto Genoma Humano, debate ética na pesquisa, células-tronco e clonagem terapêutica na quinta-feira (24/6), no Centro Brasileiro Britânico
Ganhador do Nobel de Medicina de 2002, que coordenou a participação do Reino Unido no Projeto Genoma Humano, debate ética na pesquisa, células-tronco e clonagem terapêutica na quinta-feira (24/6), no Centro Brasileiro Britânico
O evento, que será realizado no auditório do Conselho Britânico, das 9h30 às 12h30, terá a participação de Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo.
Sir John Sulston, 62 anos, formou-se pela Universidade de Cambridge e fez o pós-doutorado no Instituto Salk, na Califórnia. De volta ao Reino Unido, juntou-se em 1968 ao grupo do sul-africano Sydney Brenner, no Laboratório de Biologia Molecular do Conselho de Pesquisas Médicas, em Cambridge. Na época, a equipe começava a estudar o organismo que se tornou um modelo para a biologia, o Caenorhabditis elegans. Esse verme viria a ser o primeiro organismo multicelular a ter o seu DNA seqüenciado, em 1998, pela mesma equipe.
Paralelamente, sob a liderança dos Estados Unidos, tomava forma o Projeto Genoma Humano, ambicioso plano para seqüenciar o DNA humano. Em 1992, o Wellcome Trust – entidade filantrópica britânica que financia pesquisas em saúde – construiu um instituto que comandaria a participação do Reino Unido no consórcio público internacional.
Sulston foi escolhido como primeiro diretor do Instituto Sanger, em Cambridge, permanecendo no cargo até 2000. A contribuição britânica representou cerca de 30% do Projeto Genoma Humano e Sulston foi seu principal porta-voz na Europa. Sobre a empreitada, escreveu The Common Thread: Science, politics, ethics and the Human Genome (Bantam Press, 2002).
O Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia foi dividido por Sulston com seus colegas Brenner e o norte-americano H. Robert Horvitz, pela descoberta do mecanismo de morte celular programada no C. elegans. Desde 1986, Sulston é membro da Royal Society, recebendo da instituição a Medalha Darwin, em 1996. Entre outras premiações, o cientista recebeu o Pfizer de Inovação em Ciência (2000), obteve o título de Cavaleiro da Rainha (2001) e no mesmo ano recebeu o prêmio espanhol Príncipe de Astúrias. Sulston continua suas pesquisas no Instituto Sanger e no Laboratório de Biologia Molecular, em Cambridge.
Palestra com John Sulston:
Data: 24/6
Horário: Das 9h30 às 12h30
Local: Auditório do Centro Brasileiro Britânico, rua Ferreira de Araújo 741. Estacionamento no local (R$ 10 por meio período)
O evento é gratuito, com inscrição prévia e vagas limitadas. Para participar, é preciso enviar um e-mail para cecilia.barata@britishcouncil.org.br com nome, profissão (estudantes devem mencionar curso), empresa/instituição e dados para contato (telefone e/ou e-mail).
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