No game desenvolvido por bolsista da FAPESP, os jogadores humanos são os predadores e têm a missão de detectar crustáceos escondidos no meio das algas de diferentes cores (foto: Lamiot/Wikimedia Commons)

Jogo on-line testa como a sobrevivência do camarão-camaleão é afetada por sua habilidade de se camuflar
14 de julho de 2023

No game desenvolvido por bolsista da FAPESP, os jogadores humanos são os predadores e têm a missão de detectar crustáceos escondidos no meio das algas de diferentes cores

Jogo on-line testa como a sobrevivência do camarão-camaleão é afetada por sua habilidade de se camuflar

No game desenvolvido por bolsista da FAPESP, os jogadores humanos são os predadores e têm a missão de detectar crustáceos escondidos no meio das algas de diferentes cores

14 de julho de 2023

No game desenvolvido por bolsista da FAPESP, os jogadores humanos são os predadores e têm a missão de detectar crustáceos escondidos no meio das algas de diferentes cores (foto: Lamiot/Wikimedia Commons)

 

Agência FAPESP – Testar de que forma a sobrevivência do camarão-camaleão (Hippolyte varians) é afetada por sua habilidade de se camuflar em meio às diferentes espécies de macroalgas que habita. Esse é o objetivo de um jogo on-line desenvolvido pelo pesquisador Rafael Campos Duarte, pós-doutorando na Universidade Federal do ABC (UFABC).

O game foi criado com apoio da FAPESP durante estágio de pesquisa no Centro de Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter, Penryn (Reino Unido), sob a supervisão do professor Martin Stevens, especialista em análises visuais e de imagens.

“Um dos objetivos do trabalho foi testar o valor adaptativo dos diferentes padrões de cor apresentados pelos camarões-camaleão, que exibem coloração corporal vermelha, marrom e verde quando estão sobre diferentes espécies de macroalgas, de modo a reduzir as chances de detecção por potenciais predadores”, conta Duarte à Agência FAPESP.

Os predadores, no caso, são os próprios jogadores humanos. A eles são apresentadas combinações aleatórias de imagens contendo uma macroalga, de um total de quatro espécies distintas, com coloração contrastante com um camarão de um padrão de cor específico. O jogador deve encontrar os camarões o mais rapidamente possível.

Ao final, o jogo registra o tempo que cada participante levou para encontrar cada camarão, além de métricas de cor das algas e dos camarões para posterior cálculo da similaridade cromática entre eles, o que é uma forma de medir a camuflagem.

Segundo Duarte, os resultados obtidos durante o estágio no Reino Unido complementam os alcançados no Brasil, sobre camuflagem e mudança de cor em crustáceos costeiros bentônicos, oferecendo importante contribuição para as áreas de ecologia comportamental e sensorial no país.

O jogo pode ser acessado em www.visual-ecology.com/prawngame-info/.
 

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