Rede de observatórios florestais deve ser criada nos próximos anos – um deles no Brasil – para estudar as coberturas das grandes florestas tropicais do mundo, que podem conter muito da biodiversidade ainda desconhecida (foto: divulgação)

Jardins suspensos
30 de março de 2006

Rede de observatórios florestais deve ser criada nos próximos anos – um deles no Brasil – para estudar as coberturas das grandes florestas tropicais do mundo, que podem conter muito da biodiversidade ainda desconhecida

Jardins suspensos

Rede de observatórios florestais deve ser criada nos próximos anos – um deles no Brasil – para estudar as coberturas das grandes florestas tropicais do mundo, que podem conter muito da biodiversidade ainda desconhecida

30 de março de 2006

Rede de observatórios florestais deve ser criada nos próximos anos – um deles no Brasil – para estudar as coberturas das grandes florestas tropicais do mundo, que podem conter muito da biodiversidade ainda desconhecida (foto: divulgação)

 

Por Eduardo Geraque, de Curitiba

Agência FAPESP - Não é imaginação, mas a ciência indo mais alto. Literalmente. Hoje, há dez guindastes espalhados pelo mundo para levar cientistas para o alto da copa das árvores. A partir de cabines erguidas até o dossel, a cobertura contínua formada pela copa das árvores em alturas de até 50 metros, os pesquisadores conseguem acessar extensas áreas de estudo.

"Agora, estamos propondo observatórios florestais que, no fundo, funcionarão como os observatórios astronômicos", conta Antônio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), à Agência FAPESP.

Segundo Nobre, se tudo der certo, e o Global Environment Facility (GEF) entrar com os recursos pedidos, essa nova forma de pesquisa deverá ser implementada na Amazônia brasileira, em Gana, na Índia, em Madagascar e na Malásia.

Na prática, a idéia é que todas as iniciativas existentes de forma isolada – como torres de observação, que existem também no Brasil, ou balsas erguidas a partir de balões de ar quente – sejam instaladas no mesmo local. A iniciativa faz parte do Global Canopy Programme, aliança global sediada na Grã-Bretanha.

Segundo Nobre, com tais observatórios suspensos será possível aprofundar o conhecimento sobre o que chama de "biodiversidade funcional". "É um microcosmo muito importante. No caso da Amazônia, por exemplo, ele tem um papel decisivo na regulagem climática", explica.

Depois da primeira expedição feita pela Universidade de Oxford, em 1929, para o estudo do dossel, muitos avanços ocorreram. As chamadas rodovias existentes na copa das árvores representam apenas um delas. São usadas por macacos, que guardam com precisão o caminho que costumam fazer de galho em galho, para poderem se deslocar com rapidez e segurança pela mata. "Há ainda muito a ser descoberto", destaca Nobre.

Globalcanopy: www.globalcanopy.org

Mais informações sobre a COP 8: www.biodiv.org e www.cdb.gov.br


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