Ital faz 40 anos de olho no futuro
29 de agosto de 2003

Instituto de Tecnologia de Alimentos, sediado em Campinas (SP), pretende transformar a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) num modelo jurídico dinâmico para amparar os processos da instituição, além de promover uma complementação da infra-estrutura de suas unidades de pesquisa

Ital faz 40 anos de olho no futuro

Instituto de Tecnologia de Alimentos, sediado em Campinas (SP), pretende transformar a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) num modelo jurídico dinâmico para amparar os processos da instituição, além de promover uma complementação da infra-estrutura de suas unidades de pesquisa

29 de agosto de 2003

 

Por Thiago Romero, de Campinas

Agência FAPESP - O Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), instituição de pesquisa, desenvolvimento e assistência tecnológica completou 40 anos nesta sexta-feira (29/8). A cerimônia de aniversário, na sede do Ital, em Campinas (SP), contou com a presença do Secretário da Agricultura e do Abastecimento do Estado de São Paulo, Antônio Duarte Nogueira Júnior, do Coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), José Sidnei Gonçalves, de Carlos Vogt, presidente da FAPESP, e outros representantes de agências de fomento à pesquisa.

"São Paulo sempre esteve na vanguarda da construção da modernidade no país e o Ital é o exemplo vivo da transformação que empreendeu o Estado na construção de novas tecnologias para o país", disse José Sidnei Gonçalves.

A indústria de alimentos e bebidas é a quarta maior entre as micros e pequenas empresas no Brasil, fazendo com que a área alimentícia seja fundamental para o desenvolvimento sócio-econômico do país. "Por conta disso, o Ital vem buscando, ao longo desses 40 anos, um caminho baseado num tripé de atuação, que envolve o governo do Estado de São Paulo, as agências de fomento e o setor privado, promovendo um equilíbrio de ações estratégicas nos projetos desenvolvidos", disse Luís Madi, diretor geral do Ital.

Em 1995, o instituto somava 109 pesquisadores com um orçamento da ordem de R$ 8 milhões. Já em 2002, o orçamento do Instituto chegou a R$ 17 milhões, resultado de parcerias com agências de financiamento e da criação dos centros temáticos de atividades complementares como o da cana, fruticultura, carne e leite. "A criação desses projetos permitiu que as unidades do Ital pudessem trabalhar de forma mais integrada", disse Madi. "É importante ressaltarmos o quanto foi, é, e sempre será importante o apoio das agências de fomento para o processo de continuidade das pesquisas desenvolvidas".

Madi apresentou ao público, durante a comemoração do aniversário, alguns pontos prioritários a serem alcançados até 2006. Um dos pontos é transformar a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) em um modelo jurídico dinâmico para amparar os processos da instituição, além de promover uma complementação da infra-estrutura das unidades de pesquisa do Ital e trabalhar para reduzir a defasagem salarial de pesquisadores, um problema que, para Madi, atinge diferentes setores e carreiras em todo o Brasil.

Na cerimônia, foram entregues placas comemorativas a alguns ex-diretores, além de serem homenageadas as agências de fomento que fazem parte da história do instituto, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa Agropecuária (Fundepag), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fapesp.

"O Ital apresenta uma média de 52% de projetos aprovados junto a essas agências de fomento. Vale a pena mencionar e parabenizar a FAPESP pela inovação de seus programas, pois, de 1995 a 2002, nós fizemos parte de inúmeros projetos de auxílios diversos da fundação", disse Madi, revelando que o Instituto já obteve cerca de R$ 9 milhões de recursos oriundos de financiamentos da Fundação.

Carlos Vogt ressaltou a importância do setor de agronegócios para a economia e desenvolvimento social do país. "A FAPESP tem, hoje, aproximadamente, 170 programas em parceria com pequenas empresas no Estado de São Paulo, onde a presença dos agronegócios é muito grande. Trata-se de um setor estratégico muito bem organizado e a FAPESP sempre teve uma atenção especial a isto", disse o presidente da Fundação.


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