Projeto desenvolvido por pesquisadores do IPT pretende potencializar o perfil turístico da usina hidrelétrica (foto: reprodução)

Itaipu turística
31 de março de 2005

Projeto desenvolvido por pesquisadores do IPT pretende potencializar o perfil turístico da usina hidrelétrica. Objetivo é elevar o PIB anual de Foz do Iguaçu de US$ 700 milhões para US$ 860 milhões

Itaipu turística

Projeto desenvolvido por pesquisadores do IPT pretende potencializar o perfil turístico da usina hidrelétrica. Objetivo é elevar o PIB anual de Foz do Iguaçu de US$ 700 milhões para US$ 860 milhões

31 de março de 2005

Projeto desenvolvido por pesquisadores do IPT pretende potencializar o perfil turístico da usina hidrelétrica (foto: reprodução)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - A usina de Itaipu recebe atualmente 500 mil visitantes por ano, o que representa cerca de 50% dos turistas que visitam as Cataratas do Iguaçu. Um projeto elaborado por técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) pretende fazer com que a totalidade dos visitantes das cataratas também conheça a hidrelétrica.

O projeto "Planejamento Estratégico para o Desenvolvimento Turístico da Usina de Itaipu" tem como base a melhoria dos atrativos já existentes na usina, aliada à integração dos serviços com a comunidade local e o aperfeiçoamento do atendimento ao turista e do relacionamento com as empresas de turismo da região. Apenas uma parte da hidrelétrica pode ser visitada desde sua inaguração, há 30 anos.

Os pesquisadores do IPT elaboraram um conjunto de ações que servirão como uma espécie de orientação estratégica para a gestão do complexo turístico de Itaipu. "A intenção é integrar a usina como um dos principais produtos turísticos de Foz do Iguaçu, gerando mais empregos e renda para a região", disse João Pizysieznig Filho, pesquisador do IPT e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

O pesquisador do IPT afirma que Itaipu ainda não é explorada adequadamente do ponto de vista turístico. "Hoje as pessoas só conseguem ver a usina de longe e visualizam apenas um grande paredão", disse. Segundo ele, uma das iniciativas que será adotada até o meio do ano é permitir que os visitantes conheçam o interior das instalações. "O turista poderá até tocar nos tubos que alimentam as turbinas por onde passam as águas do rio Paraná", antecipa.

Os técnicos do IPT prevêem que, com a implementação do projeto, o desenvolvimento turístico de Itaipu passe a ser auto-sustentável do ponto de vista econômico. A previsão é que o complexo turístico consiga se manter apenas com a venda de ingressos. "Cada bilhete custará US$ 3, gerando uma receita anual de cerca de US$ 3 milhões", disse.

Para Pizysieznig, os novos atrativos da usina de Itaipu poderão ser suficientes para segurar o turista na região por mais um dia. E isso, segundo ele, terá um impacto grande no Produto Interno Bruto (PIB) de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Pela estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB de Foz do Iguaçu é de cerca de US$ 700 milhões ao ano. "Se o potencial turístico de Itaipu atingir os seus objetivos, o total pode subir para US$ 860 milhões", calcula o pesquisador.


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