IPT prepara exportadores para nova Lei do Bioterrorismo
07 de julho de 2003

Instituto vai auxiliar o país a atender as exigências da decisão do governo americano, que deverá condicionar a importação de alimentos à realização de testes

IPT prepara exportadores para nova Lei do Bioterrorismo

Instituto vai auxiliar o país a atender as exigências da decisão do governo americano, que deverá condicionar a importação de alimentos à realização de testes

07 de julho de 2003

 

A nova legislação do governo dos Estados Unidos contra o bioterrorismo deverá condicionar a importação de alimentos à realização de uma bateria de testes que confirmem a não contaminação de produtos antes da entrada em solo norte-americano. No Brasil, a inadequação das empresas à nova lei poderá prejudicar diversas empresas que não estiverem preparadas, principalmente do setor alimentício. Principal parceiro comercial, os EUA compram cerca de 30% de tudo o que o país exporta.

A nova lei deverá entrar em vigor em novembro. Buscando preparar os exportadores brasileiros para as novas regras, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está iniciando um projeto de atualização para evitar que as empresas sejam pegas de surpresa.

"Nosso objetivo é trabalhar com pequenas e médias empresas. Os grandes têm meios de se adequar, mas os pequenos muitas vezes não conseguem", disse o diretor superintendente do IPT, Guilherme Ary Plonski, à Agência FAPESP.

De acordo com Plonski, o programa deverá trabalhar em duas frentes. A primeira tem como objetivo tornar os exportadores cientes das novas regras e condições para colocar seu produto nos EUA. A segunda deverá acompanhar os processos de execução das medidas de controle, implantação de normas e certificação. "A idéia é que o país não tenha prejuízo, uma vez que é um grande produtor de alimentos", afirmou Plonski. De acordo com ele, os alimentos processados deverão ser os mais visados pela legislação americana.

O programa do IPT deverá ser lançado oficialmente em agosto, quando o instituto realizará um evento junto a representantes de empresas, procurando chamar a atenção para o tema.


Por André Muggiati




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