Objetivo é desenvolver por meio de técnica de secagem por aspersão uma nova fórmula para administração de antirretroviral

IPT desenvolve projeto para encapsulação de medicamento utilizado no tratamento da Aids
17 de setembro de 2012

Objetivo é desenvolver por meio de técnica de secagem por aspersão uma nova fórmula para administração de antirretroviral

IPT desenvolve projeto para encapsulação de medicamento utilizado no tratamento da Aids

Objetivo é desenvolver por meio de técnica de secagem por aspersão uma nova fórmula para administração de antirretroviral

17 de setembro de 2012

Objetivo é desenvolver por meio de técnica de secagem por aspersão uma nova fórmula para administração de antirretroviral

 

Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está trabalhando em um projeto para a encapsulação de princípios ativos para o tratamento da AIDS empregando a técnica de spray drying, (secagem por aspersão).

 

O objetivo é desenvolver por meio da tecnologia, que permite a conversão de soluções em uma forma particulada seca, uma nova fórmula para a administração de um ativo usado no tratamento da doença, denominado antirretroviral, que apresenta uma série de limitações.

Os agentes antirretrovirais costumam apresentar inconvenientes em relação à biodisponibilidade – termo usado em farmacologia para descrever a quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo é absorvido e fica disponível para atuação no sítio-alvo.

Segundo o engenheiro químico Adriano Marim de Oliveira, pesquisador do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos e responsável pelo projeto no IPT, o maior problema enfrentado pelos ativos em estudo é o ‘ataque’ feito pelo suco gástrico do estômago.

“O esperado é o paciente ingerir o medicamento e os ativos serem absorvidos no intestino, chegando à corrente sanguínea e às regiões afetadas. Porém, a presença de ácido no suco gástrico do estômago acaba por degradar parte deles e impedir a chegada em sua totalidade ao intestino”, explicou Oliveira.

Uma das saídas empregadas pela indústria farmacêutica é a adição de uma solução tampão na composição do medicamento a fim de minimizar a variação do valor do pH no estômago, mas ela aumenta o tamanho dos comprimidos e dificulta a sua ingestão.

De modo a auxiliar a solucionar o problema, o projeto do IPT está estudando o uso de polímeros ‘inteligentes’, que são sensíveis às variações de acidez e alcalinidade, para encapsular o ativo antirretroviral, produzindo nanopartículas com o auxílio do nanospray dryer e concentrando a sua absorção exclusivamente no intestino.

Os ensaios para o projeto, iniciado em maio de 2011 e com previsão de conclusão no próximo mês de outubro, tiveram início com estudos em placebo e a compreensão das condições de funcionamento do nanospray dryer.

Seis materiais poliméricos sensíveis a variações de pH foram testados para geração e encapsulação das nanopartículas, entre polímeros naturais (goma arábica, carboximetilcelulose e alginato) e sintéticos da família dos acrilatos, todos comumente empregados na indústria farmacêutica.

Concluída a etapa de ensaios em placebo, os testes se voltaram ao uso de um ativo modelo, que funcionou como um substituto às matérias-primas originais de alto custo usadas no tratamento da doença.

Os pesquisadores optaram pela encapsulação de uma vitamina do complexo B solúvel em água, de características similares à do ativo antirretroviral, com fácil manipulação e sem riscos de toxicidade. Ensaios foram executados para quantificar a liberação controlada da vitamina em relação ao controle de pH.

Mais informações: www.ipt.br/noticia/572-nanotecnologia_na_medicina.htm.
 

 

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