Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) foi lançada no dia 21 de abril, em reunião na Cidade do Panamá. Acordo foi assinado por 91 países, depois de anos de discussões

“IPCC da biodiversidade” tem criação aprovada
24 de abril de 2012

Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) foi lançada no dia 21 de abril, em reunião na Cidade do Panamá. Acordo foi assinado por 91 países, depois de anos de discussões

“IPCC da biodiversidade” tem criação aprovada

Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) foi lançada no dia 21 de abril, em reunião na Cidade do Panamá. Acordo foi assinado por 91 países, depois de anos de discussões

24 de abril de 2012

Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) foi lançada no dia 21 de abril, em reunião na Cidade do Panamá. Acordo foi assinado por 91 países, depois de anos de discussões

 

Agência FAPESP – A Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) teve sua criação aprovada no sábado (21/04), na Cidade do Panamá, depois de vários anos de intensas discussões internacionais.

O IPBES é um painel intergovernamental que terá a função de fazer com que o conhecimento científico acumulado sobre biodiversidade seja sistematizado para dar subsídios a decisões políticas em nível internacional. A cidade de Bonn (Alemanha) foi escolhida para sediar o secretariado do IPBES.

O novo órgão teve sua implantação definida em junho de 2010 em uma reunião em Busan (Coreia do Sul) e sua criação foi ratificada em outubro de 2010, durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP10), realizada em Nagoia (Japão) e posteriormente referendada na Reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em outubro de 2011, a primeira sessão plenária IPBES foi realizada em Nairóbi (Quênia), na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

De acordo com o coordenador do encontro no Panamá, Robert Watson, que é conselheiro científico do Departamento para o Meio Ambiente, Alimentos e Negócios Rurais do Reino Unido, embora várias organizações e iniciativas contribuam para melhorar o diálogo entre gestores e comunidade científica no campo da biodiversidade, o IPBES se estabelecerá como uma nova plataforma, reconhecida tanto por cientistas como por gestores, a fim de enfrentar as lacunas existentes e fortalecer a interface entre ciência e poder público em relação aos serviços ecológicos.

“Hoje, a biodiversidade venceu. Mais de 90 governos estabeleceram com sucesso a interface entre a ciência e a política pública para todos os países. A biodiversidade e os serviços ecológicos são essenciais para o bem-estar da humanidade. Essa plataforma irá gerar conhecimento e nos dará capacidade de protegê-los para as gerações futuras”, afirmou Watson.

A plataforma foi aprovada por 91 países que participaram da reunião. Apenas Bolívia, Egito e Venezuela deixaram de assinar o acordo. Segundo Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a criação do IPBES algumas semanas antes da Conferência Rio+20 é um forte sinal de que há um progresso significativo no que diz respeito à conservação da biodiversidade.

“Espero que esse órgão permita que a biodiversidade seja levada em conta nas estratégias de desenvolvimento sustentável, assim como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, tem feito nos últimos 20 anos em relação às alterações do clima. A perda de biodiversidade é um indicador importante das mudanças que estão afetando o planeta”, afirmou.

Segundo o documento assinado no Panamá, as funções centrais do IPBES consistirão em: identificar e priorizar informação científica necessária para as políticas públicas e para catalisar esforços na geração de novo conhecimento; realizar avaliações regulares do conhecimento sobre a biodiversidade e os serviços ecológicos e suas interligações; apoiar a formulação e a implementação de políticas ao identificar ferramentas e metodologias relevantes; e priorizar a capacitação para o aprimoramento da interface entre ciência e política e fornecer financiamento e apoio para as necessidades de alta prioridade ligadas a suas atividades imediatas.

Mais informações: www.ipbes.net

 

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