Quinta volume do Atlas da Exclusão Social, que acaba de ser lançada, aponta os investimentos necessários para que o Brasil consiga atingir níveis satisfatórios de inclusão social

Investimentos precisos
03 de março de 2005

Quinto volume do Atlas da Exclusão Social, que acaba de ser lançado, aponta os investimentos necessários para que o Brasil consiga atingir níveis satisfatórios de inclusão social. Até 2020, serão necessários R$ 7,2 trilhões

Investimentos precisos

Quinto volume do Atlas da Exclusão Social, que acaba de ser lançado, aponta os investimentos necessários para que o Brasil consiga atingir níveis satisfatórios de inclusão social. Até 2020, serão necessários R$ 7,2 trilhões

03 de março de 2005

Quinta volume do Atlas da Exclusão Social, que acaba de ser lançada, aponta os investimentos necessários para que o Brasil consiga atingir níveis satisfatórios de inclusão social

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Pelo menos 25% da população brasileira vive em condições precárias, sem emprego e acesso à educação. Dos municípios do país, 42% apresentam altos índices de exclusão social. Essas são apenas duas das inúmeras conclusões do quinto volume da série Atlas da Exclusão Social, lançado no começo do ano com o objetivo de apontar os investimentos necessários, no período de 2005 a 2020, para que o país possa alcançar um nível social satisfatório.

Com o título Agenda não-liberal da inclusão social no Brasil, o livro foi organizado por uma equipe formada por 16 especialistas, coordenada pelo professor Márcio Pochmann, do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas.

Segundo Pochmann, os quatro primeiros volumes da série procuraram traçar um perfil da exclusão social no Brasil a partir de uma série de indicadores, como escolaridade, desigualdade social e pobreza. "E a nova edição não traça apenas um diagnóstico, mas também propõe uma agenda de inclusão para os oito principais complexos de intervenção", explicou à Agência FAPESP. Os complexos são: saúde, educação, habitação, cultura, inclusão digital, pobreza, trabalho e previdência social.

A obra destaca, por exemplo, que as regiões Norte e Nordeste do Brasil são caracterizadas pela carência de escolaridade e baixa densidade populacional, enquanto o Sul e o Sudeste têm a violência e a saúde como os principais meios de exclusão social.

"Com base nesse tipo de indicador, propusemos um cronograma de investimentos para que cada Estado possa obter uma situação melhor até 2020. Para chegar a um nível satisfatório de inclusão social, o governo brasileiro terá de investir cerca de R$ 7,2 trilhões nos próximos 15 anos em educação, saúde e em políticas de enfrentamento à pobreza", afirma. O pesquisador lembrou que essa quantia significa 27% do Produto Interno Bruto (PIB) anual do país.

O levantamento englobou todos os 5.507 municípios brasileiros. Os piores indicadores sociais formaram verificados nas cidades de Jordão (AC), Guarajá (AM) e Belágua (MA). Em contrapartida, os melhores índices da inclusão social brasileira podem ser encontrados em São Caetano do Sul (SP), Águas de São Pedro (SP) e Florianópolis (SC).


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