Sistema Obis disponibiliza na internet dados sobre a diversidade marinha no Brasil. Articulando informações do programa Revizee e do SinBiota, o serviço conta com 37 mil registros

Inventário marinho
13 de dezembro de 2006

Sistema Obis disponibiliza na internet dados sobre a diversidade marinha no Brasil. Articulando informações do programa Revizee e do SinBiota, o serviço conta com 37 mil registros

Inventário marinho

Sistema Obis disponibiliza na internet dados sobre a diversidade marinha no Brasil. Articulando informações do programa Revizee e do SinBiota, o serviço conta com 37 mil registros

13 de dezembro de 2006

Sistema Obis disponibiliza na internet dados sobre a diversidade marinha no Brasil. Articulando informações do programa Revizee e do SinBiota, o serviço conta com 37 mil registros

 

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – O Sistema de Informações Biogeográficas dos Oceanos (Obis) acaba de consolidar um serviço muito útil aos pesquisadores brasileiros: o site do Obis Brasil – Atlântico Sudoeste Tropical e Subtropical, que disponibiliza, em português e gratuitamente, 37 mil registros sobre a vida marinha no país.

O Obis, uma rede de dados georreferenciados sobre diversidade, distribuição e abundância da vida nos oceanos, é um dos principais componentes do projeto internacional Censo da Vida Marinha, que reúne cerca de 1,7 mil pesquisadores em mais de 70 países.

Segundo o gestor do Obis Brasil, Fábio Lang da Silveira, do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), o site brasileiro está no ar desde setembro, mas a fase piloto, de coleta de dados, terminou este mês. "Acabamos de consolidar as informações sobre biodiversidade relativa a vertebrados, invertebrados e algas marinhas", disse à Agência FAPESP.

Foram integrados ao Obis Brasil dados do Projeto 191 (Biodiversidade Bêntica Marinha no Estado de São Paulo), do Sistema de Informações Ambientais do Biota (SinBiota), do Biota/FAPESP. Também estão presentes dados do programa Revizee, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e de uma série de registros de plânctons da baía de Paranaguá. O total, até o momento, é de 37 mil registros.

"Verificamos que havia atraso, por falta de recursos, no registro de dados marinhos do SinBiota. Com a contribuição que demos, o Projeto 191, que é o maior do sistema, elevou o número de registros de 4 mil para 17 mil", explicou Silveira. "Fizemos as duas bases de dados conversarem, o que é fundamental para os pesquisadores que utilizam as informações. A integração não foi um procedimento trivial."

Além do serviço voltado especificamente para o Brasil, a equipe de Silveira também disponibilizou em português o site do Obis América do Sul, que engloba o Obis Brasil, Obis Argentina e Obis Pacífico-América do Sul.

Todos os dados disponibilizados pelo Obis são georreferenciados. "Achamos que informação sobre biodiversidade precisa ter endereço. Caso contrário, fica difícil utilizá-la em pesquisa", disse Silveira.


Avanços ao sul do Equador

A expansão do Obis não ocorreu apenas no Brasil. A base total do sistema engloba mais de 60 bancos de dados ao redor do planeta. Até 2005, havia uma defasagem na informação relativa ao hemisfério Sul, superada este ano.

"Ao longo de 2006, foram integradas ao Obis 143 bases de dados. Com isso, o número de registros no sistema internacional do Censo da Vida Marinha cresceu duas vezes e meia, passando de 4 milhões para 10 milhões. O número de espécies mapeadas subiu de 40 mil para 75 mil", disse.

A maior parte dos dados incluídos referem-se à América do Sul, África Subsaariana, Índia, Oceano Índico, Nova Zelândia e Austrália. "A tônica foi o crescimento no hemisfério Sul, onde ainda havia carência de dados", explicou o pesquisador do IB-USP.

As informações disponibilizadas pelo Obis, segundo Silveira, são organizadas como um catálogo por denominação científica – espécie, gênero e outras categorias tradicionais de classificação – ou mesmo por nome popular dos organismos. "É um sistema de busca gratuito e aberto para consulta, sem restrições."

Os resultados da busca são apresentados na forma de tabelas, de mapas simples com os pontos de ocorrências ou nos formatos gráficos KGSMapper ou Dynamic Multi-Species Mapper.





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