Centros discutem a criação de rede mundial para lidar com as mais de 300 mil linhagens de camundongos para uso científico que deverão ser geradas nas próximas duas décadas
Centros discutem a criação de rede mundial para lidar com as mais de 300 mil linhagens de camundongos para uso científico que deverão ser geradas nas próximas duas décadas
Segundo a revista Nature, representantes dos maiores repositórios de camundongos para pesquisas estiveram reunidos no final de novembro, em Bar Harbor, nos Estados Unidos, para discutir como lidar eficientemente com as mais de 300 mil linhagens desses pequenos animais que deverão ser geradas nas próximas duas décadas, multiplicando os estoques atuais em quase cem vezes.
"Dentro de cinco anos deveremos começar a ter uma inundação de camundongos mutantes", disse Steve Brown, chefe do Centro do Genoma do Camungongo em Harwell, no Reino Unido. Grupos que produzem tais animais já anunciaram planos de colocar em funcionamento programas para a geração sistemática dos mutantes, gene a gene.
Por serem facilmente alterados geneticamente, camundongos, que possuem entre 22 mil e 25 mil genes, têm se mostrado extremamente valiosos à pesquisa científica. Na reunião, os grupos – dos Estados Unidos, Europa e Japão – decidiram formar uma rede, que funcionará por meio da internet, para compartilhar informações e evitar a duplicação de linhagens produzidas.
A princípio, os grupos participantes continuarão a transportar animais entre países para atender às demandas dos laboratórios, uma vez que são poucos os centros capazes de lidar com espermas e embriões e produzir cobaias. No futuro, a rede deverá disponibilizar informações suficientes para que os camundongos geneticamente modificados possam ser gerados em qualquer lugar.
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