Internet terapêutica
09 de fevereiro de 2004

Estudo feito por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, verifica que pessoas que usam muito a internet sofrem menos com problemas sociais como isolamento e estão mais dispostas a participar de atividades comunitárias

Internet terapêutica

Estudo feito por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, verifica que pessoas que usam muito a internet sofrem menos com problemas sociais como isolamento e estão mais dispostas a participar de atividades comunitárias

09 de fevereiro de 2004

 

Agência FAPESP - Para pais preocupados com filhos que passam longas horas todos os dias conectados na internet, uma nova pesquisa feita no Canadá traz uma boa notícia. Segundo estudo de pesquisadores liderados por Mary Modayil, do Departamento de Ciências de Saúde Pública da Universidade de Alberta, o uso prolongado da rede de computadores pode ter efeito terapêutico para indivíduos que enfrentam problemas como isolamento e solidão.

A descoberta desafia a idéia de que o uso demasiado dos computadores poderia acarretar problemas como depressão. Os pesquisadores entrevistaram usuários da região de Edmonton, onde o governo costuma realizar questionários de saúde pública com freqüência, o que possibilitou uma boa oportunidade de comparação para o estudo.

Em praticamente todos os itens pesquisados foi verificado um índice inferior de problemas comportamentais relatados entre os usuários habituais da internet em comparação com a população em geral. A pesquisa identificou ainda uma maior predisposição para o trabalho voluntário e comunitário entre o grupo de usuários costumazes da internet. Segundo os autores do estudo, publicado no periódico bimestral Cyberpsychology and Behavior, isso pode ser explicado pelo senso de coletividade que permeia a rede mundial de computadores.

Para Mary Modayil, os resultados encontrados sugerem que o uso de internet tem propriedades terapêuticas, por permitir que pessoas com dificuldades de relacionamento possam contar com um meio de comunicação com o qual se sintam confortáveis.

"Indivíduos restritos socialmente, mas que aspiram por interação, passam a gravitar por um meio que oferece uma miríade de relações, com níveis variáveis de intimidade, mas com a segurança de um anonimato controlado pelo contato eletrônico", disse a cientista canadense.


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