Explosões solares em 28/10 (foto: Noaa)

Interferência solar
28 de outubro de 2003

Equipamentos espaciais registraram nesta terça (28/10), às 9h10 de Brasília, uma explosão de grandes proporções no Sol. Nos próximos dois dias, vários sistemas de comunicação, que utilizam sistemas via satélite, poderão sofrer algum tipo de interferência por causa da grande quantidade de radiação cósmica emitida

Interferência solar

Equipamentos espaciais registraram nesta terça (28/10), às 9h10 de Brasília, uma explosão de grandes proporções no Sol. Nos próximos dois dias, vários sistemas de comunicação, que utilizam sistemas via satélite, poderão sofrer algum tipo de interferência por causa da grande quantidade de radiação cósmica emitida

28 de outubro de 2003

Explosões solares em 28/10 (foto: Noaa)

 

Agência FAPESP - Os satélites voltados para o estudo do Sol registraram nesta terça (28/10), às 9h10 de Brasília, uma explosão solar excepcional.

"Foi o maior evento do atual ciclo solar, que começou em 1996 e está previsto para terminar entre 2006 ou 2007", disse à Agência FAPESP Pierre Kaufmann, coordenador do centro de Rádio-Astronomia e Astrofísica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde também é professor titular.

Segundo o pesquisador, além das belas auroras que essas explosões podem produzir, elas também devem causar transtornos para as comunicações. As conseqüências podem ser verificadas no intervalo de algumas horas a três dias após o evento, tempo em que a enorme ejeção de massa solar que se seguiu à explosão pode levar para atingir a Terra.

"Podem ocorrer danos temporários ou permanentes em instrumentos a bordo de satélites artificiais ou estações orbitais e também ‘apagões’ em grandes redes de transmissão elétrica", disse Kaufmann. "Aparelhos celulares via satélite também podem parar de funcionar."

O evento cósmico foi classificado pelos cientistas como X-18, o que significa que a explosão pode ser considerada rara e intensa. "Por convenção, as explosões solares, do ponto de vista da importância, são classificadas pelo excesso de raios-X que produzem", disse Kaufmann. A intensidade dessa radiação, explica o pesquisador, é medida em unidades de watts por metro quadrado.

"A escala foi dividida, para o canal vermelho, em várias partes, definida pelas faixas de A, B e C até X, que são os eventos mais raros e intensos". Uma explosão X-18 é considerada de grandes proporções, porque ela é de intensidade 18 vezes maior que o nível X. Segundo Kaufmann, nesse nível, a radiação que chega a um satélite em órbita terrestre é de 0,004 watts por metro quadrado.


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