Programa contribui para criar “cultura de inovação” na empresa, diz Marino Arpino (foto), proprietário da Finamac, exportadora de máquinas de sorvete (foto: Felipe Maeda Camargo/Agência FAPESP)

Interessados tiram dúvidas em chamada PIPE/PAPPE Subvenção que oferece R$ 30 milhões
24 de agosto de 2017

Programa contribui para criar "cultura de inovação" na empresa, diz proprietário da Finamac, exportadora de máquinas de sorvete

Interessados tiram dúvidas em chamada PIPE/PAPPE Subvenção que oferece R$ 30 milhões

Programa contribui para criar "cultura de inovação" na empresa, diz proprietário da Finamac, exportadora de máquinas de sorvete

24 de agosto de 2017

Programa contribui para criar “cultura de inovação” na empresa, diz Marino Arpino (foto), proprietário da Finamac, exportadora de máquinas de sorvete (foto: Felipe Maeda Camargo/Agência FAPESP)

 

Claudia Izique | Agência FAPESP – Um grupo de 75 empreendedores, interessados em levar produtos considerados inovadores ao mercado, reuniu-se na FAPESP para esclarecer dúvidas sobre a 5ª chamada do Programa PIPE/PAPPE Subvenção Fase III.

Operado pela FAPESP e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o programa aportou R$ 60 milhões, sendo que nesta chamada estão disponibilizados R$ 30 milhões não reembolsáveis para apoiar, por até dois anos, o desenvolvimento e a comercialização de produtos de empresas com receita operacional bruta de até R$ 10,5 milhões. O prazo de inscrição encerra em 29 de setembro.

Douglas Zampieri, membro da coordenação adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP, explicou os critérios de enquadramento e de avaliação de projetos. “As empresas devem ter sede e pesquisa no Estado de São Paulo, estar constituídas e ativas há no mínimo 12 meses antes do edital, ter objeto social compatível com o projeto proposto e demonstrar contrapartida economicamente mensurável, vinculada ao desenvolvimento do projeto”.

Américo Craveiro, também da coordenação adjunta de Pesquisa para Inovação, enfatizou a importância de um bom plano de negócio alinhado às demandas do mercado para o sucesso do empreendimento.

No encontro também foram detalhadas as regras de submissão de propostas, de avaliação dos projetos – realizada por assessores externos da FAPESP e que incluem visitas às empresas –, a relação de itens financiáveis, entre outros.

“As regras são rigorosas, mas vale a pena”, atestou Marino Arpino, proprietário da Finamac, fabricante de máquinas de sorvetes fundada em 1985. A empresa, com sede em São José dos Campos, teve um projeto apoiado pelo programa PIPE/PAPPE em 2013. Antes disso, ele sublinhou, “fomos reprovados várias vezes”.

Apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, a Finamac desenvolveu uma máquina que aumenta a incorporação de ar na massa do sorvete, tornando-a mais leve. “Nas máquinas convencionais, o percentual de ar na massa não passa de 30%”, comparou.

Os bons resultados qualificaram o projeto para pleitear recursos do PIPE/PAPPE Subvenção Fase III. “A nova máquina será apresentada em feiras especializadas em Rimini, na Itália, em Chicago, nos Estados Unidos, e na Fispal, em São Paulo, em junho de 2018”, adiantou.

A Finamac conta ainda com o apoio do PIPE para o desenvolvimento do projeto de uma máquina de picolé que permitirá ao fabricante de sorvete oferecer ao cliente um picolé customizado “em apenas um minuto”, afirmou.

Engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Arpino “fazia foguetes” quando decidiu empreender. Hoje, a empresa tem 40 patentes, exporta 70% da sua produção para 70 países e, há três anos, montou uma pequena unidade nos Estados Unidos, o principal cliente.

“ A FAPESP nos estimulou a criar uma cultura de pesquisa na empresa, a procurar especialistas, a desenvolver tecnologia”, ele afirmou. “A cultura de inovação se espalhou por todos os outros produtos da empresa; constatamos que todos precisavam de um up grade”, afirmou. “Graças à FAPESP, as nossas máquinas adquiriram um padrão internacional que possibilitou que fossem certificadas nos Estados Unidos”.

Enfatizou ainda que as reprovações iniciais do projeto foram didáticas e de valia, pois o obrigaram a pensar o projeto como um todo, evitando reformulações e fracassos posteriores. 

E concluiu: “O benefício que o apoio da FAPESP traz não é só o dinheiro, mas a metodologia e a cultura de inovação que oferece à empresa”.

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