Durante solenidade de comemoração do aniversário do IAC, FAPESP foi homenageada com a medalha Franz Wilhelm Dafert (E.Alisson
Durante solenidade de comemoração do aniversário do IAC, FAPESP foi homenageada com a medalha Franz Wilhelm Dafert
Durante solenidade de comemoração do aniversário do IAC, FAPESP foi homenageada com a medalha Franz Wilhelm Dafert
Durante solenidade de comemoração do aniversário do IAC, FAPESP foi homenageada com a medalha Franz Wilhelm Dafert (E.Alisson
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – A FAPESP recebeu na segunda-feira (27/06), durante a sessão solene de comemoração dos 124 anos do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, a medalha Franz Wilhelm Dafert. A honraria, que leva o nome do primeiro diretor do IAC, visa homenagear instituições ou pessoas que tenham contribuído significativamente para o desenvolvimento da ciência agrícola brasileira.
A medalha foi entregue por Hamilton Humberto Ramos, diretor-geral do IAC, a Joaquim José de Camargo Engler, diretor administrativo da FAPESP, que representou o presidente da Fundação, Celso Lafer, no evento.
Em seu discurso, Engler leu uma mensagem enviada por Lafer, que cumpre agenda de compromissos no exterior, parabenizando o IAC por seu aniversário e pelo importante papel que a instituição de pesquisa desempenha no cenário científico brasileiro, além de agradecer pela honrosa homenagem concedida no ano em que a FAPESP celebra seu cinquentenário.
“A FAPESP se sente muito honrada pela medalha recebida por ocasião dos 124 anos do IAC. Trata-se de uma sensibilizadora manifestação de apreço. Essa medalha simboliza o alcance de uma parceria que engrandece o papel da agricultura na ampliação dos horizontes do nosso país”, disse Lafer, em sua mensagem.
Por sua vez, Engler destacou que, com o trabalho de alto nível realizado por seus pesquisadores, instituições de pesquisa como o IAC possibilitam que a FAPESP possa cumprir sua missão, que é investir em pesquisa de qualidade.
“É sempre uma grande satisfação vir ao IAC, onde eu realizei meu primeiro estágio profissional, após me formar na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz”, disse.
Além da FAPESP, também foram homenageadas com a medalha Franz Wilhelm Dafert o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação Agricultura Sustentável (Agrisus).
Fundado em 1887 pelo imperador D. Pedro II, o instituto, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, já desenvolveu cerca de 917 variedades de 66 espécies de plantas e diversas tecnologias em áreas como a de fitossanidade, recursos genéticos, engenharia e automação, climatologia e solo.
O IAC também é referência mundial em pesquisas de culturas cultivadas em larga escala no Brasil, como os citros, a cana-de-açúcar e o café.
“Ajudamos São Paulo, muitos outros estados brasileiros e outros países a produzir mais alimentos, fibras, borracha natural, flores, café e cana-de-açúcar, entre outros produtos agrícolas, com melhor qualidade nutricional, menor exigência de água e de controle químico, em espaços menores e com maior produtividade”, disse Ramos.
O tipo de feijão mais consumido no Brasil – o carioca – foi desenvolvido no IAC. Por sua vez, 60% dos cultivares de amendoim plantados em São Paulo, que é o maior produtor nacional da oleaginosa, também foram melhorados por pesquisadores do instituto. E as variedades de mandioca desenvolvidas na instituição ocupam cerca de 80% das plantações nos estados de São Paulo e Minas Gerais, citou Ramos.
“O IAC tem milhares de soluções agrícolas, sendo algumas delas mais simples e outras mais complexas. Não temos medido esforços para levar essas tecnologias para o campo, e temos satisfação de compartilhar e transferir esse conhecimento porque, como órgão público, esse é o nosso papel”, afirmou.
Durante o evento, a instituição lançou o Programa de Cafés Especiais, que tem o objetivo de disponibilizar aos cafeicultores opções variadas de cultivares de alta qualidade, com perfil diferenciado de sabor e aroma e maior valor agregado.
Para isso, o programa concentrará esforços no pré e pós-melhoramento para acelerar a obtenção de novos cultivares de café arábica, adaptados aos diversos ambientes de produção e com maior aptidão genética para produzir cafés especiais.
“Cerca de 95% dos cafezais brasileiros já são ocupados com 95% de variedades de café arábica do IAC”, disse Ramos.
Mais informações: www.iac.br
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.