Instrumento pretende detectar mecanismos de aceleração de partículas no universo e medir emissão de buracos negros ocultos por espessas nuvens em núcleos de galáxias (foto:Inpe)
Instrumento pretende detectar mecanismos de aceleração de partículas no universo e medir emissão de buracos negros ocultos por espessas nuvens em núcleos de galáxias
Instrumento pretende detectar mecanismos de aceleração de partículas no universo e medir emissão de buracos negros ocultos por espessas nuvens em núcleos de galáxias
Instrumento pretende detectar mecanismos de aceleração de partículas no universo e medir emissão de buracos negros ocultos por espessas nuvens em núcleos de galáxias (foto:Inpe)
O experimento será conduzido conjuntamente por equipes do Inpe e das universidades de Nagoya e Osaka, no Japão. Segundo o instituto, o objetivo é observar raios X energéticos por meio de técnicas de focalização utilizando óptica geométrica. Até então, essas técnicas estavam restritas a raios X com energias inferiores a 10 mil elétrons-volts (eV), mas as imagens produzidas pelo Sumit podem chegar a 100 mil eV.
O projeto está associado a uma colaboração científica das universidades japonesas com o grupo de astrofísica de altas energias, ligado à Divisão de Astrofísica do Inpe. O telescópio, com 8 metros de comprimento e cerca de 800 quilos, será alçado a 38 quilômetros de altitude por um balão estratosférico de 500 mil metros cúbicos de volume. A previsão é que o telescópio permaneça no ar durante 12 horas, a partir do pôr-do-sol do dia 8. Durante o vôo, serão registradas imagens da nebulosa do Caranguejo.
O experimento deverá voar em direção ao sudoeste do Estado de São Paulo. O local de resgate será definido previamente, após o lançamento de uma radiossonda. A plena recuperação do experimento, que pousará com a ajuda de um pára-quedas, permitirá um novo vôo, previsto para o dia 13.
Os principais objetivos científicos do experimento Sumit são a detecção de mecanismos de aceleração de partículas no Universo, a obtenção de medidas diretas da emissão de buracos negros ocultos por espessas nuvens interestelares em núcleos de galáxias e o estudo de nucleossíntese em restos de supernova para compreender o ciclo de reprocessamento de elementos químicos no Universo.
A razão pela qual muitos grupos estão competindo nessa área de pesquisa no mundo é a importância em obter capacidade de imageamento de alta resolução usando óptica em raios X acima de 10 mil eV, conhecidos como raios X "duros". De acordo com o Inpe, trata-se de uma nova área de desenvolvimento tecnológico que leva a novos programas científicos em astrofísica de raios X.
Mais informações: www.inpe.br
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