Inpe lança novo balão estratosférico
08 de junho de 2005

Vôo, que teve duração de seis horas, levou o instrumento de pesquisa a 36 quilômetros de altitude. Experimento colheu amostras do ar para estudos de ozônio, dióxido de carbono e vapor d´água

Inpe lança novo balão estratosférico

Vôo, que teve duração de seis horas, levou o instrumento de pesquisa a 36 quilômetros de altitude. Experimento colheu amostras do ar para estudos de ozônio, dióxido de carbono e vapor d´água

08 de junho de 2005

 

Agência FAPESP - O primeiro de uma série de dez balões estratosféricos, previstos para a campanha de 2005 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi lançado com sucesso no sábado (4/6). Dois dias depois o balão foi recuperado e levado para a base de Timon, próximo a Teresina (PI).

O vôo teve duração de seis horas. O balão, de 100 mil metros cúbicos, atingiu uma altitude de 36 quilômetros e caiu próximo a Grajaú (MA), a cerca de 350 quilômetros de Timon, local de lançamento. Durante o vôo, o experimento Ozone Sampler, desenvolvido no Instituto Max Planck, na Alemanha, colheu amostras do ar para estudos de ozônio, dióxido de carbono e vapor d'água, em altitudes variadas da atmosfera.

Segundo o Inpe, entre os objetivos da missão estão os estudos da formação, destruição e mecanismos de transportes do ozônio na camada da estratosfera e a medida de outros gases minoritários constituídos, além de estudos para a validação dos dados obtidos pelos instrumentos do satélite europeu Envisat.

Também serão efetuados testes dos instrumentos a serem utilizados na próxima missão européia para meteorologia, denominada Metop, a calibração de células solares com qualificação espacial e testes de um novo tipo de balão pressurizado de 12 metros de diâmetro.

O lançamento fez parte da campanha do Inpe e do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França, que teve início em 15 de maio e se estende até 17 de julho. O próximo lançamento está previsto para quarta-feira (8/6).

Os vôos dos balões estratosféricos da campanha deverão atingir um teto de 38 quilômetros de altitude, durante períodos que podem variar de 1 hora a 20 horas, dependendo do tipo de balão e da carga útil.

Com os lançamentos realizados em 2004, o Setor de Lançamento de Balões do Inpe adquiriu técnicas para lançamentos de balões pelo método estático, utilizando balões auxiliares. O setor utiliza atualmente outro método de lançamento, denominado dinâmico, onde o experimento fica suspenso do chão por meio de um guincho, que se movimenta para o alinhamento do balão com o experimento. Somente após esse alinhamento o experimento é liberado para o vôo.

A técnica de lançamento pelo método estático utiliza um segundo balão auxiliar para manter a carga útil suspensa do chão até o momento do lançamento do balão. Esse método possibilita lançar balões de grande porte em pistas de lançamento menores, pois não há necessidade de movimentação do balão auxiliar para o alinhamento do balão e carga útil.

O Inpe acredita que a transferência de tecnologia para a instituição francesa permitirá utilizar a técnica para lançamento de experimentos de grande porte a partir da base de Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo.


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