Inovações no campo
16 de outubro de 2003

Embrapa inaugura no interior de São Paulo o Laboratório de Óptica e Laser. Uma das novidades é um sensor de campo que avalia o teor da matéria orgânica e a quantidade de carbono no solo. Empresa lança também um medidor de impurezas de café em pó

Inovações no campo

Embrapa inaugura no interior de São Paulo o Laboratório de Óptica e Laser. Uma das novidades é um sensor de campo que avalia o teor da matéria orgânica e a quantidade de carbono no solo. Empresa lança também um medidor de impurezas de café em pó

16 de outubro de 2003

 

Agência FAPESP - Foi inaugurado em São Carlos (SP), nesta semana, o Laboratório de Óptica e Laser da Embrapa Instrumentação Agropecuária. O centro é o primeiro da instituição dedicado à análise de nutrientes das plantas e à fotodegradação de pesticidas. Avaliado em torno de R$ 350 mil, o laboratório está equipado com tecnologia avançada, como o espectrômetro de absorção eletrônica, espectrômetro de luminescência, laser de argônio, lâmpadas de ultravioleta de alta potência e fibras ópticas.

Uma das novidades do laboratório é o sensor de campo, instrumento que já foi premiado pela Embrapa na categoria Criatividade. O sensor é utilizado para avaliar o teor e a estabilidade da matéria orgânica e quantificar o estoque de carbono no solo. O grande diferencial do aparelho é sua capacidade de identificar determinadas práticas agrícolas que reduzem o gás carbônico da atmosfera, um dos gases naturais com maior contribuição para o efeito estufa.

Também no interior de São Paulo, mas em Piracicaba, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), outra inovação está disponível a partir desta semana. É um aparelho, também desenvolvido pela Embrapa, que detecta com rapidez e precisão as impurezas freqüentemente encontradas no café em pó. Algumas análises do aparelho, por meio do princípio fototérmico, mostraram um índice de até 85% de adulteração no café em pó, quando o aceitável pela legislação vigente é de até 1%.

A Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC) pretende usar o equipamento no Programa de Pureza e no novo Programa de Qualidade do Café. Para isso, foram assinados dois convênios entre a Embrapa e a ABIC. O primeiro visa a implementação do sistema fototérmico para a detecção do teor de adulterantes em café torrado e moído.

O outro acordo segue a linha de um protótipo controlado por software, conhecido por Língua Eletrônica, invento desenvolvido com apoio da FAPESP capaz de classificar o café segundo o seu paladar. O protótipo será empregado para avaliar o café conforme os padrões tradicional, superior, gourmet e desclassificado, seguindo o Programa de Qualidade da ABIC, implantado em todo o país para aumentar o consumo interno do produto.


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