Aragão, da Finep, apresenta na Conferência Nacional de CT&I duas novidades para tentar melhorar o cenário da inovação nacional (foto: E.Geraque)

Inovação como estratégia
17 de novembro de 2005

Antes de buscar financiamento, empresas que pretendem inovar no campo científico e tecnológico devem incorporar essa cultura em seus processos de gestão estratégica, dizem especialistas reunidos em Brasília

Inovação como estratégia

Antes de buscar financiamento, empresas que pretendem inovar no campo científico e tecnológico devem incorporar essa cultura em seus processos de gestão estratégica, dizem especialistas reunidos em Brasília

17 de novembro de 2005

Aragão, da Finep, apresenta na Conferência Nacional de CT&I duas novidades para tentar melhorar o cenário da inovação nacional (foto: E.Geraque)

 

Por Eduardo Geraque, de Brasília

Agência FAPESP - Quando o assunto é inovação tecnológica, já é consenso entre os atores do processo que ela ocorre especialmente em pequenas e médias empresas. Apesar disso, quase sempre os frutos não são obtidos devido à falta de canais de financiamentos que possam alavancar as idéias.

Na quarta-feira (16/11), primeiro dia da 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) apresentou duas novidades para tentar melhorar o cenário da inovação nacional.

"O Programa Juro Zero, lançado em 31 de outubro, pretende financiar projetos de R$ 100 mil a R$ 900 mil, sem burocracia, sem carência, sem garantia real e em cem parcelas", disse Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho, diretor de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia da Finep. Depois de ter sido lançado em Curitiba, o programa está em fase de implantação em cidades como Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Recife.

A outra novidade é o Programa Inovar Semente, que deve ser apresentado de forma oficial até o fim do ano, direcionado a empresas inovadoras que já passaram pela fase inicial e estão precisando de fôlego para crescer. "Serão beneficiadas de 10 a 15 empresas de cada vez, por sete anos, com recursos que vão de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões", disse Aragão à Agência FAPESP.

O Inovar Semente será estabelecido em cidades com forte vocação inovadora, "onde existam universidades fortes, número expressivo de empresas e agências de desenvolvimento locais", como explica Aragão. Ou seja, além dos recursos, a cultura inovadora também é o caminho para os interessados em alavancar processos desse tipo.

Para outro especialista presente no debate sobre financiamento na CNCT, recursos escassos são apenas uma parte do problema. "A questão da inovação deve estar no centro do processo de gestão estratégica das empresas. Não basta apenas investir em pesquisa e desenvolvimento", afirmou Marco Antonio Guarita, representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).


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