Para Hugo Borelli Resende, da Anpei e Embraer, é importante saber diferenciar ciência e tecnologia da inovação (foto: T.Romero)

Inovação aplicada
03 de agosto de 2007

Para Hugo Borelli Resende, da Anpei e Embraer, é importante saber diferenciar ciência e tecnologia da inovação. "Na inovação, o foco é a criação de um produto ou processo novo. Para isso, podemos usar qualquer conhecimento, seja ele adquirido em 1800 ou em 2007", diz

Inovação aplicada

Para Hugo Borelli Resende, da Anpei e Embraer, é importante saber diferenciar ciência e tecnologia da inovação. "Na inovação, o foco é a criação de um produto ou processo novo. Para isso, podemos usar qualquer conhecimento, seja ele adquirido em 1800 ou em 2007", diz

03 de agosto de 2007

Para Hugo Borelli Resende, da Anpei e Embraer, é importante saber diferenciar ciência e tecnologia da inovação (foto: T.Romero)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – Ciência, tecnologia e inovação estão intimamente ligadas, mas é importante saber separá-las. "Diferenciar ciência e tecnologia da inovação é essencial, tanto para o pesquisador como para o empresário", disse Hugo Borelli Resende, cientista-chefe de desenvolvimento tecnológico da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), durante seminário na Feira de Negócios em Inovação Tecnológica entre Empresas, Centros de Pesquisa e Universidades (Inovatec), nesta quinta-feira (2/8), em São Paulo.

"A ciência e a tecnologia, desenvolvidas nas universidades, ocorre quando se quer descobrir um conhecimento que não se tinha anteriormente. Na inovação, a palavra-chave continua sendo o novo, mas o foco não é mais o conhecimento, mas sim a criação de um produto ou processo novo. Para isso, podemos usar qualquer conhecimento, seja ele adquirido em 1800 ou em 2007", disse o também presidente da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei).

"A inovação, em sua maioria esmagadora em termos de esforço, é feita dentro da empresa. Raramente um produto inserido no mercado de forma facilitada foi inteiramente elaborado dentro da universidade", completou.

Segundo Resende, a inovação pode estar inserida tanto em um novo produto para comercialização como em um novo processo a ser usado internamente pela empresa que o criou, como um software de análise estrutural que permitirá o aumento de competitividade da companhia.

Resende, que é responsável na Embraer pela transferência de conhecimentos entre universidades e a empresa, disse também que as empresas, em especial as micro e pequenas, não fazem pesquisa e sim "desenvolvimento". E, segundo ele, os projetos inovadores têm mais valor para essas empresas se forem executados em parceria com a universidade.

"Pesquisa é uma atividade realizada para gerar novo conhecimento e, por isso, deve ser realizada na universidade. Como o objetivo da empresa é vender produtos para gerar faturamento, os desenvolvedores nas empresas são os engenheiros, biólogos e físicos que vieram da universidade e estão pensando na criação de novos produtos. Esses devem inovar e ter conhecimento suficiente para aplicar os resultados do que foi desenvolvido", afirmou.

Segundo ele, por uma questão de competitividade global, grandes empresas como a IBM ou a Microsoft ainda investem em pesquisa básica dentro de suas instalações, "mas isso é cada vez menos comum nas companhias".

A Inovatec 2007, que ocorre até sexta-feira (3/8), em São Paulo, tem o objetivo de criar um ambiente de negócios que aproxime centros de pesquisa e setores industriais. Para isso, são realizados seminários de demanda, nos quais os empresários apresentam necessidades tecnológicas, e de oferta, em que instituições de ensino e pesquisa expositoras apresentam tecnologias industriais básicas e com boas perspectivas de se transformar em novos produtos e processos.

Mais informações: www.feirainovatec.com.br


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